“O pecado de Pedro, é um fato que o leva a um novo encontro com Jesus, na alegria do perdão”, disse o Santo Padre.
“O problema não é sermos pecadores, mas sim não se arrepender de seus pecados, e não ter vergonha do que fizemos”. Essa foi a frase chave da homilia do Papa Francisco na sexta-feira, 17 de Abril de 2014, durante a Missa na Capela da Santa Marta.
O Papa, em sua homilia, percorreu a história dos encontros de Pedro com Jesus, sublinhando que “Jesus confia o seu rebanho a um pecador”. “Pedro era um pecador, mas não um corrupto, não é?, acrescentou o Papa. “Pecadores, sim, todos: corruptos, não”, frisou novamente.
Jesus nos faz amadurecer a cada encontro com Ele.
No centro da homilia, o Evangelho em que Jesus Ressuscitado pergunta três vezes a Pedro se ele o ama. “É um diálogo de amor entre o Senhor e seu discípulo”, explicou o Papa. “Jesus ao longo desses encontros faz amadurecer a alma e o coração de Pedro. Ele o faz amadurecer no amor. Então, quando ele ouve que Jesus lhe pergunta três vezes: ‘Simão, filho de João, tu me amas?’, ele fica com vergonha, porque lembra que por três vezes ele o negou”.
“Pedro entristeceu-se ao ouvir pela terceira vez Cristo lhe perguntar ‘Tu me amas?’. A dor, a vergonha … para um homem como Pedro … pecador, pecador! O Senhor lhe fez compreender , a ele e também a nós, que todos somos pecadores. Mas o problema não é sermos pecadores, mas sim não nos arrependermos de seus pecados, não termos vergonha do que fizemos”, explicou o Pontífice.
Segundo Francisco, o pecado de Pedro, é um fato que o leva a um novo encontro com Jesus, na alegria do perdão. O Papa afirmou que o Senhor não abandona sua promessa, quando ele diz: “Tu és pedra “e, agora, diz: “Apascenta as minhas ovelhas “, ele confia seu rebanho a um pecador.
O exemplo de São Pedro deve nos servir de lição
O Papa Francisco contou também a história de um padre, vigário, que trabalhava bem, e que foi nomeado bispo. Ele se sentia envergonhado e não se sentia digno por essa nomeação e por esse encargo e foi conversar com seu confessor. E ele o reconfortou, explicando que, se Pedro com enorme asneira que tinha feito se tornou Papa, ele poderia ficar tranquilo.
“O Senhor é assim, o Senhor é assim”, concluiu o Papa. “Ele nos faz amadurecer ao longo dos encontros que temos com ele, apesar de nossas fraquezas, mas quando confessamos nossos pecados.”
De acordo com o papa Francisco, Pedro deixou – se moldar pelos encontros com Cristo e deve servir de exemplo para todos, “pois estamos no mesmo caminho”, disse. “Pedro foi um grande homem, não porque ele tem um coração nobre mas porque essa nobreza o levava a chorar, a sentir a dor, a vergonha e, em seguida, o levava a trabalhar como pastor do rebanho”, concluiu o Pontífice.
Da redação, com Rádio Vaticano
Tradução: Graziela Ciqueira
Fonte: Diocese de Palmares-PE