As Comunidades estavam em débito para com os Sacerdotes. Homens de dedicação integral, com fadigas bastante comuns, e muitas vezes, com pouco reconhecimento, o Papa Bento XVI proclamou um Ano Sacerdotal. Os próprios Padres tomarão muitas iniciativas, na linha do aprofundamento vocacional. Mas também os fiéis, que sentem mais de perto os grandes serviços prestados por esses líderes da Igreja Católica, farão a sua parte. Dar-lhes-ão o encorajamento e o estímulo na sua opção religiosa, e também o apoio de suas fervorosas orações. O que é de admirar é que a maioria dos Presbíteros – quando é o caso - mesmo no meio de oposições, e até de perseguições, mantém firme a sua fé e a sua disposição em servir. Aliás, eu tenho uma convicção. Quando em algumas sociedades se pratica o “esporte” de maledicências contra o clero, podemos estar muito certos de que naquele ambiente o prestígio da família também está em zero. A sorte das duas entidades é comum. Parecem gêmeos siameses. Também, ao contrário, quando existe estima pelos Sacerdotes, e respeito pela sua missão, é sinal de que a família vai bem, e tem status de estima.
Ninguém quer negar que sempre existiram alguns Padres - e sempre existirão - que são infiéis ao seu ministério. Isso é motivo de tristeza para a Igreja, e também para o povo cristão. Neste particular convém concordarmos num ponto. Sempre ficamos em dúvida, diante de certos vegetais, como flores, plantas ornamentais, folhagens, que são lindas demais. As cores são perfeitas, não existe nenhuma folha seca, não há fungos, nem se observam parasitas. É beleza pura. É a hora de desconfiarmos. Quando uma planta é linda demais, garantidamente é de plástico. E pior: não tem vida. Isso é o retrato de descrições de comunidades perfeitas, de famílias de pura paz, de personalidades sem jaça. Onde existe vida, sempre sobra alguma coisa negativa. Os defeitos, debaixo de uma boa observação, aparecem copiosos. Só Deus é perfeito. Logicamente, não existe clero sem sombras. Não há Padre de virtude total. O que existe é um esforço humilde, para chegar a uma aproximação da excelência da pessoa de Jesus. Ele afirmou sobre eles: “Não mais vos chamo de servos, mas de meus amigos” (Jo 15, 15).
Fonte; CNBB - Nordeste 2