Não é totalmente falsa a afirmativa que os políticos são iguais em toda parte do planeta quando lhes é dada oportunidade de usar dos bens públicos em benefício próprio. Mesmo na gloriosa Inglaterra, cujo parlamentarismo tem 700 anos, acontecem escândalos como o denunciado por um jornal daquele país. Membros do Parlamento usaram indevidamente verbas que lhes são repassadas para cobrir gastos relativos ao cargo. Por causa do fato, o presidente da Câmara foi pressionado e teve de renunciar.

Detalhe: o político inglês não agiu como os colegas. Mas é o responsável pelo que acontece no Parlamento além de ter tentado bloquear a publicação dos fatos. Outro detalhe: faz 300 anos que semelhante caso aconteceu na história da Inglaterra. Com a diferença que em 1695 o presidente da Câmara, acusado de ter aceitado dinheiro para aprovar uma lei, foi decapitado. Diferenças históricas e culturais à parte, está evidente que se os políticos agem de modo parecido, a reação aos seus atos é bem diferente.

Se não dá para comparar a Câmara dos Comuns da Inglaterra com o nosso Congresso Nacional, por razões óbvias, dá pelo menos para aprender com os britânicos algo essencial na democracia. Trata - se da reação diante dos abusos que os homens públicos praticam. E, no Brasil, praticam com insistência e descaramento. Atitude urgente a ser tomada é interessar - se pela política, acompanhando os atos dos nossos homens públicos. E o conseqüente rigor em puni - los com protestos e sem dar – lhes o voto.

Fonte: Rádio Aparecida