Os cínicos na filosofia grega do século V a.C, em especial o seu principal representante – Diógenes de Sínope - encontravam sempre formas impactantes para denunciar a futilidade da vida na sociedade da época. Um gesto clássico de Diógenes era a sua perambulação pelas ruas de Atenas, à luz do dia, com uma lamparina perguntando a todos pelo paradeiro do homem.
Onde está o homem? Alguém o viu?
O que é o homem?
Existe o homem?
Do lado de cá, no meu mundo, outras interrogações se impõe a gerar nas almas a angústia lanceante que embala o soluço dos doentes de espírito. Ah, e são tantos!
Aquietai-vos enquanto a sombra da morte anuncia sorrateiramente a sua chegada, inesperadamente antecipada. Oxalá tardasse! Quiçá um mês, uma quinzena... mesmo um dia.
Não!
É agora!
Tomara que morra! De morte doída! Com as piores das agonias! E que o diabo leve pras profundezas do inferno onde berram sedentos os amantes do pecado e safadeza.
Não basta a morte, que por si só coroa a vida com a mais sombria incerteza, é preciso que se pague, com as piores das dores, a pena por ter andado errante e distante do norte.
Diógenes!!!!!!!!
Onde está o cristão? Alguém o viu?
O que é o cristão?
Existe o cristão?