No dia 24 de novembro de 2008, na câmara municipal de Patos, Dom Manoel, Pe. Espedito e Pe. Elias receberam o título de cidadãos patoenses. Eis, na integra o discurso de Pe. Elias:
O título de “cidadão patoense” muito me honra e, conseqüentemente, compromete-me, ainda mais, com o esforço conjunto em visto da construção de uma cidade mais humana, mais religiosa, menos injusta e menos violenta.A minha ligação afetuosa, social e religiosa com a cidade de Patos teve início na minha infância quando acompanhava meu pai, aos sábados, para lhe ajudar a fazer a feira da semana. Em 1983, por chamado divino através do saudoso D. Expedito Eduardo de Oliveira fui acolhido no seminário diocesano para o ensino médio. Depois do curso superior, em Recife e João Pessoa, retornei a Patos e logo fui ordenado de diácono e designado administrador da Paróquia de Santo Antônio, onde exerci os dez primeiros anos da minha juventude sacerdotal. Foi um tempo precioso para a paróquia e, sobretudo, para mim mesmo. Contando com a graça divina, a constante proteção do glorioso Santo Antonio e a colaboração autêntica e generosa dos paroquianos, demos passos significativos na ação evangelizadora, administrativa e social. Lembro que a Paróquia de Santo Antônio foi pioneira na implantação do sistema de dízimo, em substituição às cobranças de taxas na administração de sacramentos; implantação do ECC, em vista da evangelização de casais para viverem melhor a vida conjugal e familiar, como também, para servirem a paróquia nas outras necessidades pastorais, catequéticas e missionárias; implantação da Pastoral do Menor, como resposta evangélica ao dramático problema das crianças na rua, exploradas e sacrificadas no seu presente e futuro. Lembro-me, ainda, da construção de três capelas e três salões para suprirem as necessidades catequéticas, litúrgicas e sociais dos bairros da Maternidade, Rua do Meio, Santo Antonio e Jardim Guanabara. Chegado o ano sabático, pedi ao meu bispo, de saudosa memória, D. Gerardo Andrade Ponte para ir estudar. Foi-me proposto ir a Roma, fazer mestrado em Teologia Moral, o que foi muito benéfico para o meu ministério de presbítero. Ao retornar, em 2003, fui designado para trabalhar em São Mamede e ensinar Teologia Moral nos seminários, em João Pessoa e Campina Grande. Finalmente, com o retorno do Pe. Paulo Jackson a Roma para fazer o seu doutorado, fui designado pároco de Santo Antonio, pela segunda vez, o que foi para mim, muito mais um desafio, pois a paróquia cresceu, sobretudo, em qualidade e exigência pastoral. Mas confiando da graça de Deus, na proteção do glorioso Santo Antonio e na generosa colaboração dos paroquianos eu me dispus a assumir a missão, perseguindo os passos do Bom Pastor, Nosso Senhor Jesus Cristo e em obediência o meu bispo, hoje também, agraciado pelo título de cidadão, D. Monoel dos Reis de Farias a quem muito agradeço pela confiança e amizade.A todas e a todas, que têm colaborado comigo nessa exigente, porém, bela tarefa de evangelizar, meu muito obrigado!Ao vereador José Mota Victo que propôs tal reconhecimento e aos demais que o aprovaram, meu eterno obrigado. Prometo que vou incluir esta Casa Legislativa nas minhas orações diárias a fim de que, aqui, aconteça e se prolifere a democracia participativa, onde, as necessidades e o bem-estar do povo se tornam projetos na atuação dos servidores públicos que aqui trabalham, que foram contratados por esse mesmo povo através do voto, quiçá, livre e consciente, para prestar um serviço a cidade sem qualquer ambição ou promoção pessoal. Rezo ainda para esta casa se especialize em elaborar e aprovar leis que favoreçam a todos indistintamente.A todos e todas aqui presentes, meus agradecimentos e votos de muita saúde e paz. Pe. Elias Ramalho Gomes