Vida...
Por Francisco Almeida de Lucena
Viver é - dentre outras tantas coisas - um contínuo e atraente risco. O corremos pelo simples desejo de descobrir o que haverá amanhã, se houver. Nos acompanham de perto: o medo, a incerteza , a angústia, o cansaço, mas também os sonhos, os ideais, a esperança, a expectativa ... a fé.
No caminho encontramos muitas pessoas. Algumas que vão bem devagar, outras que descansam da longa jornada, umas que passam por nós (porque mais apressadas), outras que voltam depois de desistirem. E nós seguimos!
Até quando?
Não se sabe.
Ninguém sabe, nem Deus!!
Na caminhada, incerta e arriscada, temos oportunidades diversas para descobrirmos a nós mesmos. Os nossos limites, nossas contradições, nossas ambigüidades, os equívocos, as teimas, as burradas da vida. A partir disso temos a grande chance de refazer o norte, de remarcar o prumo, de contornar com a poesia o indizível da existência. De correr cantando os versos que pintamos com lagrimas, suor e sangue que marcaram a marcha para o infinito dos sonhos.
Ah... e tantos foram os nomes que demos a essa marcha: Aperreio, sacrifício, sofrimento, castigo, cruz, calvário, suplício, derrota, desgraça, peleja, miséria, martírio, pena, agonia, fardo, penúria, tristeza...
Não nos esqueçamos, Deus nos dá a vida, porém, os nomes com os quais a chamamos somos nós que escolhemos.