Em sua mensagem, o Pontífice explicou que a ressurreição de Cristo não é fruto de uma especulação, de uma experiência mística, mas um acontecimento, que ultrapassa certamente a história, mas verifica-se num momento concreto da história e deixa nela uma marca indelével.
“A luz, que encandeou os guardas de sentinela ao sepulcro de Jesus, atravessou o tempo e o espaço. É uma luz diferente, divina, que fendeu as trevas da morte e trouxe ao mundo o esplendor de Deus, o esplendor da Verdade e do Bem”, afirmou o papa.
Para o Santo Padre a Ressurreição de Cristo dá força e significado a cada esperança humana, a cada expectativa, desejo, projeto.
“Por isso, hoje, o universo inteiro se alegra, implicado na primavera da humanidade, que se faz intérprete do tácito hino de louvor da criação. O aleluia pascal, que ressoa na Igreja peregrina no mundo, exprime a exultação silenciosa do universo e sobretudo o anseio de cada alma humana aberta sinceramente a Deus, mais ainda, agradecida pela sua infinita bondade, beleza e verdade”, afirmou.
Oriente Médio - Bento XVI recordou os povos do Oriente Médio, invocando para estes a luz da paz e da dignidade humana, que vença as trevas da divisão, do ódio e das violências.
O papa pediu que na Líbia a diplomacia e o diálogo ocupem o lugar das armas.
"Que na Líbia a diplomacia e o diálogo ocupem o lugar das armas e a atual situação favoreça o acesso à ajuda humanitária aos que sofrem as consequências do conflito", disse o papa
“A tantos migrantes e refugiados, que provêm de diversos países africanos e se vêem forçados a deixar os afetos dos seus entes mais queridos, chegue a solidariedade de todos; os homens de boa vontade sintam-se inspirados a abrir o coração ao acolhimento, para que se torne possível, de maneira solidária e concorde, acudir às necessidades prementes de tantos irmãos; a quantos se prodigalizam com generosos esforços e dão exemplares testemunhos nesta linha chegue o nosso conforto e apreço”, acrescentou.
Bento XVI ainda ressaltou um pedido de paz e reconciliação para as populações da Costa do Marfim.
“É urgente empreender um caminho de reconciliação e perdão, para curar as feridas profundas causadas pelas recentes violências”, disse.
O Santo Padre fez especial menção ainda ao Japão e aos demais países que, nos meses passados, passaram por calamidades naturais.
Após a mensagem, o Santo Padre fez a saudação de Páscoa aos fiéis e peregrinos em 60 diferentes idiomas, entre os quais, em português.
Informações: Rádio Vaticano