O texto das Diretrizes da Ação Evangelidora da Igreja, tema central da 46ª Assembléia da CNBB, começou a ser estudado, nesta quinta-feira, dia 3, pelos 300 bispos reunidos em Itaici, Indaituba. Apresentado pelo bispo de Catanduuva (SP), dom Antônio Celso de Queirós, o texto traça as linhas para a ação evangelizadora na Igreja do Brasil nos próximos quatro anos.
A Comissão de Redação, presidida por dom Celso, expôs para a Assembléia o que são as Diretrizes. “As Diretrizes não são um plano Pastoral Regional. Elas estabelecem a ação evangelizadora para toda a Igreja do Brasil”, afirmou dom Celso. “O estatuto da CNBB orienta que a cada quatro anos a Assembléia constitua as Diretrizes que são um ponto de referência para a Ação evangelizadora da Igreja do Brasil”, completa.
A redação do texto teve inicio em dezembro de 2007. Sua primeira versão foi enviada a todos os bispos que, imediatamente, fizeram chegar suas emendas à Comissão. “Algumas emendas foram incluídas, outras não puderam ser contempladas devido o tempo. O texto que vocês recebem agora é de trabalho”, esclareceu dom Celso ao afirmar que o momento é de apresentar novas emendas a partir dos trabalhos em grupos como estabelece a metodologia da Assembléia.
De acordo com o bispo da diocese de Lorena (SP), dom Benedito Beni dos Santos, o texto das Diretrizes contêm cinco capítulos: o primeiro é uma visão pastoral da realidade brasileira sócio-econômica e política; o segundo apresenta desafios pastorais; o terceiro, por sua vez, dá uma resposta a esses desafios colocando a Igreja em estado permanente de missão; o quarto apresenta pistas de ação pastoral nas pessoas, comunidades e sociedade; e o quinto fala da Missão Continental. Ressaltou, ainda, “que todo o texto desemboca na missão continental da Igreja”. Para dom Celso essa Missão ainda está obscura. “É impossível pensar este processo em nível continental porque as situações são diferentes de região para região, mas é uma forma da Igreja se preocupar com o estado permanente de evangelizar”, sublinhou.“Vivemos numa época de transformação social, mudança cultural”, concluiu.
Fonte: CNBB