Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil: bispos iniciam estudo do tema central da assembléia.

Nesta quinta-feira, a 46ª assembléia da CNBB terá como destaque a apresentação do tema central - Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil - pelo bispo de Catanduva (SP), dom Celso Antônio de Queirós.

A primeira sessão de trabalho começa às 8:45h, logo após a missa que terá inicio às 7h sob a presidência do arcebispo de Aparecida (SP), dom Raymundo Damasceno Assis. Nesta celebração serão lembrados os bispos falecidos desde a última assembléia. Na segunda sessão da manhã, às 10:30h, serão constituídos grupos de trabalho para estudo do tema. À tarde, há sessões reservadas dos bispos, por regionais, e, na última sessão, os bispos voltam ao plenário para apresentação do resultado dos trabalhos em grupo. Haverá, ainda, a coletiva no Auditório Vieira, com três bispos falando sobre o que foi discutido acerca do tema central.

Análise de Conjuntura é apresentada na 46a Assembléia da CNBB

Uma análise de conjuntura elaborada por uma equipe de especialistas, a pedido da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), foi apresentada aos bispos na tarde de ontem, dia 2, durante a 46ª Assembléia Geral da instituição. Os autores da análise chamam a atenção para a questão do abalo do sistema financeiro mundial, situando o Brasil nesse contexto, e também para o cenário político, alertando para o desafio de “desenvolver e consolidar a articulação dos movimentos e organizações que brotam em vários campos da vida social”. De acordo com o texto, “as igrejas e tradições religiosas podem desempenhar um importante papel na construção de alternativas fundadas sobre valores de paz, justiça, solidariedade e cuidado ecológico”. Apesar de elaborado por especialista, o texto apresentado na Assembléia não é considerado documento oficial da CNBB.

Núncio destaca importância do anúncio e da conversão


Ao presidir a missa no primeiro dia da assembléia da CNBB na tarde desta quarta-feira, 2, o núncio apostólico, dom Lorenzo Baldisseri, chamou a atenção dos prelados para a necessidade do anúncio e da conversão no trabalho de evangelização da Igreja. “O anúncio não deve ser proclamado com medo, mas com franqueza e coragem a todas as pessoas, sem distinção de raça, casta ou condição social, homens e mulheres de qualquer rincão da terra”, disse dom Baldisseri.

Lembrando o batismo de sete adultos realizado pelo papa Bento XVI, na noite da páscoa, entre os quais o mulçumano Magdi Allam, dom Baldisseri disse que a conversão de um adulto “não é um escândalo ou atentado ao ecumenismo e ao diálogo inter-religioso, como hoje se grita em nome do respeito aos direitos humanos, erroneamente interpretados”. Segundo afirmou, existem grupos, até mesmo dentro da Igreja, “que se interpõem ao anúncio e impedem o batismo aos que não são cristãos, especialmente quando se trata de indígenas”.

Dom Baldisseri esclareceu que a fé é individual e livre, mas se cumpre dentro da comunidade. “Sublinho isso porque, especialmente hoje, os cristãos não têm coragem de manifestar sua fé publicamente, têm vergonha de ser cristãos”.

Ao final de sua homilia, o núncio saudou os novos bispos ordenados desde a última assembléia e recordou-lhes as palavras de São Gregório Nazianzeno: “Temos que nos aproximar de Deus para podermos aproximar Dele os outros; ser santos para santificar”.
 
Fonte: CNBB