É necessário proclamar “decididamente” a misericórdia de Deus, indica o Papa Bento XVI

Ao rezar ontem ao meio dia o Ângelus com os peregrinos, congregados em Castelgandolfo, o Papa Bento XVI comentou o capítulo XV do Evangelho de São Lucas, dedicado à misericórdia de Deus, e que contém “uma das páginas (...) mais comovedoras de toda a Sagrada Escritura”. “Que belo é pensar — disse o Papa — que em qualquer lugar onde se reúne a comunidade cristã para celebrar a Eucaristia Dominical, ressoa neste dia a Boa Nova de verdade e salvação: Deus é amor misericordioso!”.

“Deus não quer que se perca nem um só de seus filhos e seu ânimo se desborda de alegria quando um pecador se converte. A religião verdadeira consiste, pois, em entrar em sintonia com este coração “rico em misericórdia” que nos pede que amemos a todos, inclusive os mais afastados e os inimigos, imitando o Pai celestial que respeita a liberdade de cada um e atrai a Si todos com a força invencível da fidelidade”.

“Em nossa época — continuou — a humanidade necessita que a misericórdia de Deus seja proclamada e testemunhada decididamente. (...) João Paulo II, que foi um grande apóstolo da misericórdia divina, intuiu profeticamente esta urgência pastoral” e “durante todo o seu pontificado fez-se missionário do amor de Deus a todas as gentes. Logo dos trágicos acontecimentos de 11 de setembro de 2001, que escureceram a alvorada do terceiro milênio, convidou os cristãos e todos os seres humanos de boa vontade a crer que a misericórdia de Deus é mais forte que todo mal, e que a salvação do mundo encontra-se só na Cruz de Cristo”.
 

* Equipe PASCOM