Baixo índice de chuvas no ano preocupa sertanejo

As chuvas que caíram no município de Patos nos três primeiros meses do ano ainda não causaram alteração significativa no volume dos açudes Jatobá e Farinha. De acordo com a Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado (AESA), no mês de janeiro de 2008 choveu em nossa cidade 58% menos que a média histórica do mês.

Na última medição realizada pela agência, no dia 12/03 (quarta-feira), tomando-se como base as informações repassadas pelo posto de monitoramento da EMPRAPA, o total acumulado de chuva neste mês em Patos não chegou a 70 mm. Por conta do baixo índice pluviométrico, o açude Jatobá I, com capacidade para 17.516 milhões de m³ de água, está com 29,9% do seu volume total. No açude Farinha, o índice é um pouco maior, 30,5%. Felizmente, o açude Capoeira, no município de Santa Terezinha, apresenta 58,5% de água em seu reservatório, o que, segundo os técnicos da AESA, garante o abastecimento mínimo de água para a população dos municípios vizinhos por mais alguns meses.

Situação nas demais regiões do estado:


Dos 123 reservatórios monitorados pela AESA, 14 estão em situação crítica, com menos de 5% de água. Na região do Alto Curso do Rio Paraíba, os açudes situados nos municípios de Caraúbas, Monteiro, Ouro Velho e Prata não chegam a 1% do volume total. Outros 23 reservatórios continuam em observação, com menos de 20% da capacidade. A situação mais crítica, porém, é a de Pedra Lavrada e São José do Sabugi, cujos açudes secaram completamente.

Conforme dados da AESA, neste ano, apenas 4 dos 123 reservatórios estão sangrando (Cachoeira dos Índios, Itaporanga, Serra Grande e São José de Piranhas).
 
Das duas uma: podemos simplesmente esperar pela providencial ajuda do “Santo das Chuvas” São José, e isso significa assumir de vez uma postura esquiva, ou então, com a participação de moradores desta cidade e de outros municípios atingidos pela estiagem, optar por uma ação organizada e exigir dos nossos representantes políticos uma posição enérgica em relação à crise da água na região.

A grande questão é: chega de promessas e discursos vazios. Precisamos de políticas públicas duradouras para debelar o grave problema do abastecimento de água que assola a vida da nossa gente.
 
Chega também de desperdício. Mais do que nunca, precisamos racionalizar o uso da água de que (ainda) disposmos, através de hábitos de consumo mais econômicos. Água é vida, e como cristão devemos optar pela vida, em defesa da água para todos, como propõe o lema da Campanha da Fraternidade de 2008.

Equipe Pascom