Atividades relembram os quatro anos do assassinato de irmã Dorothy Stang
09/02/2009 - 00:00
Na próxima sexta-feira, 12, os quatro anos da morte da missionária norte-americana irmã Dorothy irmã Dorothy StangStang, será relembrado. A freira foi assassinada na cidade de Anapu, sudoeste do Pará, onde atuava defendendo direitos dos trabalhadores rurais e projetos de desenvolvimento sustentável na região.
Em memória da missionária, o Comitê Dorothy Stang programou uma série de atividades. Na manhã de quinta-feira em Anapu, haverá missa e crisma presidida pelo bispo da prelazia de Xingu (PA), dom Erwin Krauter, na igreja matriz de Santa Luzia, a partir das 8h30.
À tarde, a partir das 13h, será exibido o documentário "Mataram Irmã Dorothy”, no clube Planeta Tropical, com espaço para debate. Ainda no dia 12, será feita uma visita ao túmulo de irmã Dorothy. No local também será realizado um breve momento de mística.
Para encerrar a programação em Anapu está previsto um jantar no salão paroquial, padre Josimo, seguido de uma noite cultural.
Em Belém (PA), o Comitê Dorothy também organizou uma série de atividades que inclui uma audiência com o presidente do Tribunal de Justiça do Pará, desembargador Rômulo Ferreira Nunes, a partir das 10h, na sede do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJE/PA).
A partir das 18h, do dia 12, haverá celebração eucarística presidida pelo arcebispo de Belém, e vice-presidente do Regional Norte 2 da CNBB (Pará e Amapá), dom Orani João Tempesta. A missa será celebrada na paróquia Santa Maria Goretti, bairro do Guamá, periferia de Belém. Neste bairro está localizada a casa sede da congregação Notre Dame de Namur, da qual irmã Dorothy Stang fazia parte.
"Todo ano nós nos lembramos do fato que irmã Dorothy foi tirada de nosso meio de forma violenta e injusta. Mas, ninguém parou. Ninguém foi embora. A luta continua, o sonho está vivo e temos conquistas. Vamos celebrar nossas conquistas e nossa organização", diz irmã Margarida Pantoja, do Comitê Dorothy Stang.
O caso Dorothy Stang, considerada defensora da floresta amazônica e da cidadania dos povos ribeirinhos, tinha 73 anos e morava no Brasil há 30. A missionária foi morta no dia 12 de fevereiro de 2005 com seis tiros, no município de Anapu. Ela trabalhava com a Pastoral da Terra (CPT) e comandava o Programa de Desenvolvimento Sustentável (PDS) em uma área autorizada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Dorothy Stang trabalhou em pequenas comunidades da Amazônia pelo direito à terra e à exploração sustentável da floresta.