As vezes essa postura para muitos significa tirar o direito e a autonomia da mulher, no entanto, nos esquecemos que até do ponto de vista biológico, a gestação significa “ a presença de um corpo estranho dentro de outro corpo”. Sendo assim, concordo que a mulher tenha domínio sobre seu corpo, no entanto, perante o corpo frágil e indefeso, o corpo estranho que se faz presença dentro dela, por ser mais frágil e desprotegido não dar não dar a mesma o direito de determinar a sua retirada. Pois o que diz respeito ao outro corpo não cabe a ela decidir. Até mesmo porque essa é uma das posturas quando se defende o aborto, a autonomia do corpo.
Outra postura que também merece reflexão seria maximizar a ideia de que o aborto está “legalizado para as pessoas com “poder aquisitivos”, enquanto muitas mulheres de baixa renda morrem em situações clandestinas e de risco. Não seria um postura dessa um laxismo perante o direito à vida ? Não seria tratar o corpo desprotegido uma mercadoria? Claro, entendo que a concepção de vida esta em jogo. Algo absurdo por exemplo, hoje, lamentavelmente, um ovo de tartaruga vale mais do que a vida de uma criança. Se você quebrar um ovo de tartaruga na praia, você é preso de forma inafiançável. Então, não entendo para os abortistas o “ovo humano” não contém o humano e o “ovo animal” contém o animal.
Outra questão que merecia grande reflexão e que é entendo que várias mulheres são vítimas e sofrem com gravidez indesejada decorrente de diversas situações de sofrimento. No entanto, não seria sanar um sofrimento gerando um outro? Não seria abortar um desencadeador de um sofrimento existencial? Fica a reflexão!
Pe. Alixandre Soares