A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, entregou na manhã desta terça (13/05) uma carta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva pedindo o seu desligamento do cargo em caráter irrevogável. O motivo da demissão ainda não é conhecido, informou a Agência Brasil de notícias.
Maria Osmarina Silva Vaz de Lima, 50, começou sua carreira política militando nas CEBs (Comunidades Eclesiais de Base), ligada à Igreja Católica. Em 1988 foi eleita vereadora de Rio Branco, no Acre. Dois anos depois, se elegeu deputada estadual e, em 1994, aos 38 anos, chegou ao Senado Federal como a mais jovem senadora do país.
Sua carreira concentrou-se nas áreas de direitos humanos, cidadania, meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Integra a equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde o primeiro dia do primeiro mandato, em 2003, sempre na pasta do Meio Ambiente.
Ex-seringueira, Marina Silva se filiou ao PT em 1985 e lançou sua candidatura a deputada federal para ajudar o líder seringueiro Chico Mendes, morto em 1988, que era candidato a deputado estadual.
Marina aprendeu a ler já adolescente, já que no Seringal Bagaço, a 70 km de Rio Branco, onde nasceu, não havia escolas. Mais tarde, em 1985, formou-se em História pela Universidade Federal do Acre.
Na universidade, entrou para o PRC (Partido Revolucionário Comunista), grupo semiclandestino que fazia oposição ao regime militar, e deixou de lado o desejo de ser freira.
Depois de formada, começou a dar aulas de história e a participar do movimento sindical dos professores. Junto com Chico Mendes, em 1984, fundou a CUT (Central Única dos Trabalhadores) no Acre.
No ano passado, Marina recebeu o maior prêmio das Nações Unidas na área ambiental, o Champions of the Earth (Campeões da Terra). A ministra foi uma das sete personalidades premiadas. Além dela, a ONU premiou o ex-vice presidente dos Estados Unidos Al Gore; o príncipe Hassan Bin Talal, da Jordânia; Jacques Rogge, do Comitê Olímpico Internacional; Cherif Rahmani, da Argélia; Elisea "Bebet" Gillera Gozun, das Filipinas; e Viveka Bohn, da Suécia.
* Fonte: Agência Brasil