A nova carteira de trabalho, com cartão magnético e dados profissionais em sistema digital, foi lançada nesta quarta-feira (30) em cerimônia no Palácio do Planalto. Segundo o Governo, o novo sistema protegerá o trabalhador quanto ao risco de perda desses dados. Além disso, permitirá o acompanhamento do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o que evitará fraudes por parte dos empregadores, avalia as centrais sindicais.

À tarde, em São Paulo, o ministro do Trabalho Carlos Lupi fez uma cerimônia de apresentação da nova carteira, com a presença de lideranças sindicais. O presidente da CUT, Artur Henrique, esteve presente e recebeu sua própria CTPS com tecnologia digital.

“Muitos trabalhadores perdem a carteira, com isso parte da vida profissional, e têm dificuldade para provar o tempo de contribuição”, disse a presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Distrito Federal, Rejane Pitanga, a respeito dos riscos do atual sistema.

Para a presidente da CUT-DF, o Ministério do Trabalho deveria se preparar melhor para combater as formas ilegais de trabalho. “A grande maioria das delegacias regionais do Trabalho tem dificuldades do ponto de vista da fiscalização, mal-aparelhamento, com poucos funcionários, o que faz com que o ministério (do Trabalho) não tenha uma política efetiva de combate ao trabalho escravo, ao trabalho infantil e ao trabalho precário”, considerou Rejane.

A carteira contará com o Cartão de Identidade do Trabalhador (CIT), que permitirá fazer consultas sobre a vida profissional, como o saldo do FGTS, o pagamento de abono salarial e a contagem de tempo de serviço. As consultas poderão ser feitas em terminais da Caixa Econômica Federal ou pela internet.

Fonte: Agência Brasil