O nosso mundo, e porque não dizer a humanidade inteira, passa por enormes crises que vêm de certa forma afetando a vida de milhares de seres humanos.
São muitas pessoas que chegam a nós reclamando de si mesmas, da vida, das outras pessoas...
Essas queixas geram, no nosso inconsciente, traumas, frustrações, perda do sentido da vida e dificulta o relacionamento humano.
Pensando em toda essa realidade, tomei a liberdade de, a partir de minhas pesquisas e estudos como pedagoga, contribuir de forma muito modesta, inspirada em alguns místicos, filósofos e psicopedagogos, abordando uma temática que, com certeza, vai ajudar muito no nosso desempenho pastoral e comunitário e no dinamismo da nossa missão enquanto discípulos missionários.
Não faz muito tempo, tive meu primeiro contato com uma palavra que se tornou moda na mídia internacional e que agora chega aos grupos que lidam com Educação, Empresas, Espiritualidade e outras organizações. Trata-se da palavra “RESILIÊNCIA”.
Esta é uma palavra que tem origem na Física. Significa a propriedade que têm certos corpos de voltarem à forma original, uma vez cessada a causa ou pressão que os deformava.
Hoje é aplicada em sociologia, psicologia, psiquiatria e até no mundo empresarial. Nas ciências humanas e sociais significa a capacidade de viver e de se desenvolver positivamente, de um modo socialmente aceitável, a despeito de violento stress ou de uma adversidade que poderia causar um grave risco de comportamento negativo.
Trocando em miúdos: significa a capacidade de ressurgir das cinzas.
Resilientes são os que conseguem superar imensos traumas e ter uma vida normal, apesar de tudo.
Aplica-se a todos os que são alvos de perdas, golpes ou agressões de todo tipo e, mesmo assim, conseguem fazer da adversidade uma razão maior para viver.
Nós, educadores, somos chamados na vida profissional, na Igreja e no relacionamento humano, a transformar, pela resiliência, as agruras, incompreensões e decepções em pérolas de amizade, amor, riqueza de dons, beleza e aprendizagem.
Para sermos, de fato, resilientes, necessitamos de um apoio, da ajuda de uma mão amiga. Nesse caso, de um profissional, ou de um companheiro, amigo, missionário, pai/mãe de família, esposo/esposa etc., sem o que, dificilmente conseguiremos escapar das armadilhas da vida.
E para que sejamos resilientes e também tornemos RESILIENTE o próximo, basta seguir o ensinamento de um grande pensador: "Olhe mais além de si mesmo".
* Artigo escrito por Maria Joseni (Josa), agente missionária da Paróquia de Nossa Senhoria Daguia