Pe. César Moreira
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Na política, para ficar rico  
     
 Nem sempre dados estatísticos são fiéis em representar a realidade. Para salvaguardar a verdade, certas informações passadas pelas pesquisas precisam ser devidamente entendidas. É o caso da notícia de que em dois anos políticos que concorrem às eleições deste ano ficaram 46% mais ricos. Quem faz a afirmativa é o instituto Transparência Brasil, uma Organização Não Governamental que atua no combate à corrupção.
O estudo compreende a média patrimonial de 180 vereadores de Câmaras Municipais de capitais e que foram candidatos em 2006 além de 255 parlamentares que se candidatam para as eleições do próximo dia 5 de outubro. A conferência entre os bens declarados há dois anos por esses políticos e os bens que declaram agora mostra o enriquecimento representativo. Um detalhe curioso confirma a precariedade da informação: pelo menos 15 vereadores candidatos em 2006 disseram não possuir bem algum naquela oportunidade. Mas hoje tem em média R$ 108 mil.
Como se nota, é estranho alguém dizer que não tem nada e a Justiça Eleitoral ficar muda. Aliás, como alguém que não tem bem algum pode ser candidato? Independente de curiosidades malucas assim, duas conclusões se impõem. Primeira, é falso afirmar que todas as pessoas que entram para a política o fazem para ficarem ricas. Segunda, é mais falso ainda dizer que não existem espertalhões que, em cargos públicos, se enriquecem. Existem em pencas. Por isso, cabe ao eleitor distinguir entre uns e outros.
 
Fonte: Rádio Aparecida