Psiquiatras consideram portadoras de desordem mental as pessoas viciadas na Internet
Você conhece pessoas que não desgrudam da tela do computador? Pois saiba que este é um problema de saúde. O psiquiatra Jerald Block publicou um artigo na revista Americana de Psiquiatria, sugerindo a inclusão do vício em internet no DSM, um respeitado manual de diagnóstico de desordens mentais.
O especialista divide três categorias dessa compulsão: viciados em games online, em conteúdos sexuais e os que vivem em salas de bate-papo e trocando mensagens.
No entanto, o computador é indispensável para boa parte das pessoas, mas vale o alerta: é necessário estabelecer limites. “A doença começa quando a necessidade de usar a rede passa a atrapalhar as tarefas diárias”, afirma o psiquiatra.
Ultrapassar 25 horas de jogos online semanalmente, por exemplo, seria um indicador de que o internauta começa a ser dominado pelo vício.
Compulsão
Saiba abaixo, qual é o comportamento de uma pessoa que tem compulsão pela internet
Uso excessivo
A pessoa navega na rede por horas e deixa de fazer outras atividades para ficar diante do computador, inclusive realizar as refeições.
Abstinência
Ser obrigado a manter distância da máquina provoca estresse e irritação. Algumas pessoas chegam a entrar num quadro depressivo
Atualização constante
Aparelhos e programas top de linha – o viciado se atualiza constantemente e não abre mão de equipamentos sofisticados e softwares de última geração.
Repercussões
No cotidiano, além de cansaço e menos contrato com a família e amigos, o internauta se vale até de mentiras para ter acesso à web.
Navegação Saudável
Ainda não há consenso sobre o número de horas que o internauta deveria respeitar para evitar o vício online. O problema não é só o tempo em que o indivíduo fica conectado, mas também a forma como ele utiliza a internet. Ou seja, se a rede está roubando o convívio social, há algo de errado. Esse tipo de usuário também costuma apresentar depressão e transtorno de ansiedade. Por isso, alguns casos precisam de ajuda especializada.
Fonte: Revista Saúde / Junho 2008