Comentário do Pe. César Moreira
Rádio Aparecida
O presidente do Banco Mundial, importante autoridade da economia, cobrou dos governantes dos sete países mais ricos do mundo, reunidos no Japão, que evitem um desastre que está por acontecer. Trata – se da crise da falta de alimentos que pode levar à fome 100 milhões de pessoas, logicamente habitantes dos países pobres. O senhor Roberto Zoellick disse aos todo-poderosos: “Não temos o direito de falhar”!
Para não ficar somente em discurso, o presidente do Banco Mundial recomendou três ações imediatas: socorrer logo os povos mais pobres principalmente no aleitamento materno e com a merenda escolar; ajudar os pequenos produtores com sementes e fertilizantes; e acabar com a proibição de exportação de alimentos. E mais: além dessas tarefas urgentes, ele insiste na necessidade de se buscar soluções a médio e longo prazo.
Que as nações ricas têm preocupação com os famintos é fato. Afinal, esses já são 850 milhões espalhados pelo mundo e representam, mais que uma vergonha, uma ameaça. Que os países ricos prometem ajuda, também é fato, mas nem sempre cumprem, conforme denunciam organizações não-governamentais. Por fim, a crise de comida não é algo isolado. Ela tem tudo a ver com a economia mundial que, prejudicada, interfere também na vida das populações mais desenvolvidas. Os pobres, pois, servem de alerta: o desastre que os atinge não pára somente neles.