Caríssimos internautas,
como este ano é ano de eleição, desde já, a PASCOM passa a publicar neste site artigos que nos levem a refletir sobre a nossa consciência de cidadãos/cristãos que, como tal, devem se preparar para votar bem nas próximas eleições.
Gostaríamos muito que todos lessem com atençao o artigo abaixo e todos os outros que iremos colocar neste site sobre Fé e Política. Esperamos que assim possamos estar ajudando os cristãos a "ficarem atentos a tudo e a todos". Este é um compromisso que a PASCOM assume até as eleições 2008.
Por que Votar? Escrito por Pe Cristovam Lubel
1. O que é a política?
Política é a ciência – ou a arte – de governar. Fazer política é participar da organização e da administração da vida comunitária.
2. Quem deve fazer política?
Todos devem – e fazem – política. Ninguém vive sem participar do que acontece no dia-a-dia. Fazemos política até quando “cruzamos os braços” e “ficamos de fora”. Quem se omite consente com a situação, aceitando-a como ela é.
3. A política é “coisa suja”?
Não! A política é necessária; sem ela não teríamos como viver em comunidade. “Sujos” somos nós quando fazemos da política um “jeito” de explorar, oprimir, humilhar e empobrecer o povo. 4. Não seria melhor “não fazer política”?
Não há como não fazer política. Todos nós nascemos “políticos” porque nascemos não apenas para viver, mas para conviver (viver em relacionamento com os outros). Podemos isso sim, ficar à margem, olhando sem participar. Nesse caso, agimos com irresponsabilidade porque deixamos que os outros façam – bem ou mal – o que todos deveriam estar fazendo juntos. Quem se omite consente!
5. A Igreja faz política?
Sim! A Igreja sempre fez e sempre fará política. Sendo a política a arte de governar e administrar a comunidade, cabe a ela participar desse governo e dessa administração iluminando a realidade a partir do Evangelho. Como qualquer pessoa, e/ou grupo legalmente organizado, a Igreja tem não apenas o direito, mas também o dever de lutar pelo bem comum.
6. Os cristãos podem fazer política?
Não só podem, como devem! E não apenas devem, com têm obrigação de fazer política de qualidade, isto é, uma política que busque, antes de tudo, o bem comum. É a partir do Evangelho que os cristãos são chamados a fazer da política um instrumento de implantação do direito, da justiça e da paz.
7. Como o evangelho ilumina a política?
O Evangelho oferece à política o que ela tem de melhor: a verdade recebida de Jesus, de que somos todos igualmente dignos e amados por Deus. O Evangelho não “aprisiona” nem “domina” a política, e sim a enriquece com os valore da fé.
8. A Igreja faz política partidária?
Não! A Igreja não tem um partido político porque vai além deles. “Partido” vem de parte; a Igreja não existe para evangelizar uma parte, mas a todos, sem exceção. Ela estimula a participação de todos os seus membros leigos na política partidária, mas ela, como instituição, não a faz. A Igreja é política, mas não é partidária.
9. Os cristãos podem fazer política partidária?
Não só podem como devem! Seria ótimo para todos que os cristãos levassem os valores do Evangelho para dentro dos partidos políticos, não com a intenção de manipulá-lo e sim com o desejo e a disposição de melhor servir a todos.
10. O que distingue a política da politicagem?
Política é a arte de administra em favor do bem comum; politicagem é o uso irresponsável, e portanto criminoso da política. Faz politicagem quem, em lugar de servir ao povo, serve-se dele, enganando-o e explorando-o.
11. Como nós, cristãos, podemos participar da política neste ano eleitoral?
Neste ano eleitoral nós, cristãos, devemos estar atentos a tudo e a todos, seja para apresentar sugestões que melhorem a vida do povo, seja pra concorrer a um cargo com o objetivo de servir a comunidade, seja ainda fiscalizando todo o processo eleitoral em nome do bem comum.
12. O que o voto tem a ver com a política?
O voto tem tudo a ver com a política. Ele faz parte integrante dela já que, ao votar, participamos ativamente da escolha de quem terá o compromisso direto de coordenar a vida da comunidade. O voto é uma das formas – e um momento nobre – de participação na vida política da comunidade.
13. Quando votamos bem?
Votamos bem quando votamos com consciência e responsabilidade, isto é, quando sabemos por que, para que e para quem estamos votando, e quando votamos naquele candidato que acreditamos estar pronto e preparado para promover e defender o bem comum.
14. Quando votamos mal?
Votamos mal quando votamos por interesse, nosso ou de outros, isto é, quando esquecemos o bem comum e nos preocupamos apenas com nós mesmos. Votar em quem não está disposto a servir a comunidade é fazer do voto um instrumento de exploração e opressão.
15. O que é vender o voto?
Vender o voto é trocá-lo por alguma coisa, fazendo dele uma mercadoria. Vendemos o voto quando votamos para retribuir algum favor, quando o damos em troca de alguma vantagem, quando o colocamos à disposição de quem nos apóie em detrimento do bem comum. Quem vendo o seu voto faz politicagem e não política.
16. O que é comprar o voto?
Comprar o voto é adquirir, em troca de alguma compensação, o direito que o eleitor tem de votar segundo sua consciência. Quem compra um voto compra uma pessoa e sua dignidade, ao mesmo tempo em que vende a sua. Quem compra os eleitores é porque não tem outro meio – o da coerência – para convencê-lo a votar nele. Revista Mensageiro do Sagrado Coração de Jesus.