Chiquinho de Adelaide (chiquinhodeadelaide@hotmail.com)
\"A volta dos que não foram\". No meu baú, guardo o título desse filme - fictício em todos os sentidos - como uma das piadas recorrentes quando o tema era cinema. Para alívio do meu espírito, eles voltaram. Os inquietos não foram... mas voltaram. E com ótimos reforços. Tenho certeza que eles sempre estiveram presentes, mas, talvez entediados com o pouco conteúdo poético-filosófico que recheiava o ambiente, não se aventuravam a nos presentear com seus escritos. Avante!!! Ainda faltam alguns a dar o ar de suas graças. Aguardamos, como tão bem falou Cora Coralina, novos textos, que nos façam pensar no verdadeiro sentido de ser cristão.
Calorosos abraços a todos.
Que maravilha a voz da irmã cicera, quer escutar! Var na opção de áudio e veja como é linda a voz dela.
De repente, me vejo a pensar,
buscando na memória lembranças,
por que nada me vem,
que possa me alegrar?
Da minha infância, lembro de brigas,
meus pais a se mal tratar.
Ciúmes, infidelidade!
Onde estão as coisas boas,
que nunca me chegam a mente?
Somente frustações, decepções, indiferença!
Por que não me lembro de atitudes
de amor, carinho, dedicação?
Quem isso me pode explicar?
Caro Melhorança,
Quanta sabedoria,
nos versos por ti descrito.
Com viola ou sem viola,
você conta a sua história.
Vá enfrente, não desista,
de enfrentar um novo rumo.
quem sabe, por linhas tortas,
você encontre o seu prumo.
Nem às vezes, ou quase nunca,
um começo pode ser refeito,
mas partindo pra outra,
o final ainda pode ter jeito.
Gostei dos seus versos. Até me inspirou. Quem sabe posso também chegar a ser poeta. Escreva mais. Tenho certeza que agrada a muita gente.
\"Melhoranças pra você.\"
Das mesmas terras nascemos,
dos mesmos sonhos vivido;
fulminados pela falta
a muito tempo sofrido.
O desafio é fazer
nossa cabeça entender o que tem acontecido.
Perambulo pela noite
a me fazer mil questões,
das centenas de porquês,
surgem tais indagações
que me recuso a dizer
porque preciso saber
suas reais fundações.
Mas a vida permanece
feita de sonho e de pó
uma romaria infinda
sustendada no suor
de sonhadores perdidos
e de amores escondidos
cuja força é bem maior.
Por isso vê se apruma
o rumo do seu destino
não desista de lutar
de refazer seu caminho
de encontar nas andanças
aquele forte menino
que conseguiu enfrentar,
superar e transformar
os ditames do destino.
Melhorança pra você!!
No escuro da noite, um susto, um grito, um gemido. Será a madrugada grávida de sonhos ou lampejos do não-dito? Que nada! Foi apenas o gato do vizinho que ficou preso na minha cozinha. Esperanças...
Olá
Meu nome é Nivalmir Santana sou Artista plástico trabalho com arte sacra a mais de 20 anos em igrejas em todo o Brasil.Projetos de pinturas, vias sacras, afrescos,restaurações, móveis litúrgicos, imagens religiosas em qualquer tamanho.
Faça uma visita em nosso site;www.iluminumarte.com.br
Abraços a todos!!
Rompeu a aurora e me fui, e me irei sempre em busca do que não tem nome.
Gradecido fico pela retrô.
Melhoranças!
Maria era uma jovem inquieta, cheia de sonhos. Morava com os pais em uma cidade no interior. Seu desejo era crescer, ir além dos seus limites. Maria sonhava grande – queria ser escritora, atriz de teatro, arqueóloga, cientista famosa, cantora ou capa de revista, o que fosse. De tanto sonhar, resolveu partir. Juntou meia dúzia de peças de roupa, seu diário rosa, o lápis e os enfeites para pôr no cabelo. Caminhou sem rumo pelas estradas estreitas e empoeiradas da região, até virar, ela também, poeira de estrada. Maria sumiu feito fantasma. Por muito tempo não se ouviu falar da jovem que deixou o lar em busca de aventuras. Nenhuma carta, nenhum sinal nem recado. Maria havia submergido em um ponto desconhecido do planeta. Virara mistério. Um dia, porém, um vento quente soprou e Maria apontou no terreiro de casa. Tarde maçante de setembro. Envelhecera. Não era mais a menina de antigamente, de sorriso fácil e alma traquina. O olhar deixava transparecer um indizível cansaço. Na bagagem não existia mais o diário, seu amigo confidente da adolescência, nem os balangandans para adornar os cabelos. Naquele fim de tarde sonolento, impregnado de suor e tédio, não houve quem reparasse na cena melancólica de uma mulher madura estacionada na rua, mirando o interior de uma casa vazia.
- Trabalho valendo nota - disse a professora, enquanto desenhava uma frase na lousa. - “A tarefa, meus caros, é escrever uma redação cujo título é “Um domingo no parque”.
Dito isso, Paulo pegou apressado a caneta e anotou simplesmente na folha pautada:
- “Chovia!”