Caro Pe. Francisco,
Agradeço suas explicações. Foram bastante úteis. Gostaria de mandar um abraço para todos vcs de Santo Antonio. Até a próxima oportunidade.
Caros Josean e Delmiro,
Em primeiro lugar quero agradecer pela participação em nosso mural.
Quanto à inspiração divina da Bíblia, creio que a visão do Delmiro é a que mais se aproxima daquela que é defendida pela teologia bíblica. A Bíblia é a Palavra de Deus escrita por homens e mulheres que, inevitavelmente, deixaram suas marcas. Portanto, na Bíblia encontramos a Palavra de Deus comunicada a partir do arcabouço cultural do povo. É exatamente esse arcabouço cultural que dá à Bíblia marcas humanas.
Assim sendo, podemos afirmar, sem medo de sermos hereges, que na Bíblia encontramos també, os desejos, sentimentos, e equívocos humanos. O nosso esforço deve ser para identificá-los e filtrá-los não permitindo que eles confundam a real interpretação da mensagem de Deus.
Por isso, amigo Josean, não dá pra dizer que a Bíblia, na sua totalidade, seja ipsíssima verba. Ela contém, mas não é.
Um forte abraço!!
Caro Francisco de Assis,obrigado por ter lido o meu artigo sobre ética na política.
A Palavra de Deus deve ser a base a partir da qual nós, cristãos, apoiamos nossos projetos e decisões. Também a escolha dos servidores públicos (políticos) através do voto deve ser iluminada pela Palavra de Deus. Surgiro vc ler Mt 7,12-20; Ez 34,1ss e faça seu próprio discernimento.
Uma abençoada semana!
Caro Durval, obrigado por ter lido o meu artigo sobre \"ética na política\"!
Vc deseja saber mais sobre a teologia da libertação. O tema da libertação integral da pessoa humana é muito caro à Revelação cristã. Isto é, Deus se revelou, ao longo da história do povo de Israel, como libertador. São inúmeros os textos bíblicos que falam de Deus como aquele que liberta e salva o ser humano. Leia, só para começar: Ex 3,1ss; Lc 4,16-21. Não deixe de adquirir e ler os livros indicados no artigo!
Uma abençoada semana.
Pe. Elias,
Li seu artigo sobre ética na política e vi na sugestão de leitura a indicação de uma obra sobre teologia da libertação. Sempre tive curiosidade em saber o que significa Teologia da Libertação. O senhor poderia explicar melhor?
Pe. Elias
De que modo a Bíblia pode nos ajudar na escolha de bons candidatos nas eleições municipais deste ano?
Pe. Francisco,
Sempre tive dúvidas a respeito da infalibilidade bíblica, ou seja, se ela continha “erros” de citação, data, nomes etc. Não duvido que ela é, de fato, a Palavra de Deus escrita, mas será que, apesar de escrita por pessoas inspiradas, não teriam seus escritores cometido algum “deslize”? Será que por causa desses deslizes ela perderia a condição de Texto Santo? Entendo que não, mas para muita gente cogitar da existência de “erros” na Sagrada Escritura” é o mesmo que cometer uma heresia.
Gostaria de citar alguns exemplos, para reforçar meu pensamento, e em seguida gostaria que o senhor falasse a respeito da “inspiração” dos textos bíblicos. Como devo entender a expressão “inspiração”? Os textos bíblicos são a “ipsisima verba” (as mesmíssimas palavras) de Deus, ou seria correto afirmar que a Bíblia contém palavras humanas inspiradas por Deus? A meu ver, a última hipótese é perfeitamente defensável, uma vez que não diminui em nada a autoridade da Bíblia como instrumento da Revelação Divina.
Seguem os exemplos:
a) Em Mc 2, quando Jesus é confrontado pelos fariseus porque seus discípulos comerão grão no Sábado, Jesus lembra aos interlocutores o que fizera o Rei Davi quando ele e seus homens tiveram fome («Jesus perguntou aos fariseus: ‘Vocês nunca leram o que Davi e seus companheiros fizeram quando estavam passando necessidade e sentindo fome? Davi entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu dos pães oferecidos a Deus e os deu também para os seus companheiros’» - Mc 2, 25-26). Acontece que, quando se examina a passagem de 1Sm 21, 1-6, vê-se que Davi fez isso quando Ahimelec era o sumo sacerdote, não Abiatar. Abiatar era filho de Ahimelec. O evangelista Marcos teria errado nesse ponto?
b) Outro exemplo: Marcos diz que Jesus foi crucificado um dia “depois” da ceia pascal (Mc 14, 12; 15, 25) e João diz que ele morreu um dia “antes” (Jo 19, 14). Quem está certo, Marcos ou de João?
c) Lucas diz que José e Maria regressaram para Nazaré um mês depois de terem ido a Belém (Lc 2, 39), enquanto Mateus fala que eles fugiram para o Egito (MT 2, 19-22). Como explicar essa diferença?
d) Em Gl 1, 16-17, diz-se que Paulo “não” foi a Jerusalém depois de sua conversão no caminho de Damasco, ao passo que em At 9, 26, fala-se que isso foi a primeira coisa que ele fez ao deixar Damasco.
Há, portanto, conforme se observa, pequenos desencontros na Bíblia, que não podem ser ignorados. Seriam os “copistas” os responsáveis por esses equívocos? Explique-nos, por favor, o que significa “inspiração”, sobretudo para aquelas pessoas que insistem em fazer uma leitura superficial e desatrelada da Bíblia.
Obrigado à Pascom por esse espaço de discussão.
Pe. Francisco, a Bíblia é a Palavra de Deus, ipsisima verba, ou ela CONTÉM a Palavra de Deus?
Gostei na nova cara do site. Tá faltando mais artigos dos padres. Cadê Pe. Francisco? Estou com saudade dos textos dele.
Discordo de Maria de Fátima. Todo cristão bem informado sabe que o relato da criação não tem nada de histórico. O que a entrevista mostrou está baseado nas conclusões da própria Igreja. Parabéns, Pascom, pelo excelente material.