Prezado amigo Prometeu Acorrentado, respeito a sua inteligência e seu modo de pensar. Mas tenho o direito de não concordar com ele. Acho que para você, realmente não ficou claro o “x” da questão. Vejamos: se formos cristãos de convicção, e não de tradição – como sugeriu outro dia o Pe. Elias - tentaremos pelo menos, não cair em tentação, como repetimos na oração que Jesus nos ensinou.
O cristão, independente de ser padre, pastor, político, gari, servente, guarda, mototaxista, engenheiro ou médico... ao errar (o que é humano) tem a obrigação de se arrepender, necessita da humildade de pedir perdão e, dentro de si, de ter a certeza de, pelo menos, tentar não repetir o erro. Ao persistirmos no pecado, antes de “enganar a Deus”, estamos enganando a nós mesmos. Se não, não somos cristãos.
Saliento que esse é o meu pensamento. Não quer dizer que seja o certo. Mas, buscando encontrar a verdade citada por Jesus, encontro esse caminho. Que me corrijam os “inquietos” de plantão.
Mais uma vez obrigado pelo excelente canal de discussão. E que tenhamos a sabedoria de mudar o rumo de nosso pensamento, quando percebermos que ele não é o correto.
E ao amigo Prometeu, agradeço a oportunidade de aprofundarmos nossa reflexão.
Quando digitei essas linhas, ainda não tinha me atualizado nos recados. Concordo com o que foi colocado pelo Amigo de Deus e considero importantíssima, também, a participação da Angelina.
Sejamos saudáveis no nosso debate.
Abraços e paz.
Minha cara Anelina, nossa proposta não é transformar a religião em um palanque para exposição de teses políticas ou econômicas, é apenas suscitar nas pessoas o desejo de assumir verdadeiramente as exigências éticas do Evangelho. Concretamente, que o homem assuma uma postura honesta diante de Deus. É pedir muito?
Sempre que posso, faço uma visita a este site, para verificar as formações e as fotos. Nasci e me criei em Patos, mas moro em João Pessoas há mais de quinze anos. Encontrei este site por acaso. Esta semana, lendo os recados que foram postados no mural fiquei inclinada a opinar sobre os assuntos tratados. Faço isso agora. Com certo receio, admito. Assim como Promoteu, não acredito que a religão tenha as respostas para a crise da sociedade contemporânea - a corrupção,
os desmandos políticos, a crise econômica etc. Se queremos respostas efetivas, devemos buscá-las na Política, na Economia, no Direito. Perdõem-me os ditos \"teológos progressistas\", mas o lugar de Cristo não é no Parlamento, no Ministério da Fazenda ou no comando de alguma CPT. O lugar de Jesus é no coração do homem, como luz para seus passos. Bjs.
Danou-se, tenho certeza que o Amigo de Deus vai enfartar com a entrada do nosso novo companheiro Prometeu. Tomara que ele venha das bandas do SD - um famoso site da nossa cidade. Gostei de ver, Prometeu, vou ficar aguardando a manifestação dos amigos Nicodemos ou Pe. Francisco pra me atrever a participar da excelente discussão.
Melhoranças!
Se aveche não, meu bichim. Amanhã pode acontecer tudo, inclusive nada.
De tanto ouvir vocês falarem a respeito desse “novo jeito de ser cristão”, resolvi que era ora de participar da discussão. Confesso que estou ansioso para saber o exato sentido dessa “nova forma de viver o cristianismo” (nem tão nova assim, presumo, visto que, segundo pude verificar, o que vocês propõem na verdade é uma volta às fontes do cristianismo, refontilizar a coisa, certo?). Como seria então?
Faço essa indagação, porque não acredito que a solução seja investir na reforma das instituições religiosas. Se o que buscamos é a construção de uma sociedade mais justa e participativa, não é pela via religiosa que atingiremos nosso objetivo.
O cristão, antes de mais nada, é um ser social, sujeito a regras sociais e a normas de conduta vigentes em determinada sociedade. Antes de assumir uma fé, ele exerce um dado papel social como cidadão. Não há como apartar as duas coisas.
É aqui que reside o ponto nodal da questão.
De nada adianta ser um bom cristão e um cidadão desonesto. Posso ser um cristão batizado (e aqui não me refiro apenas aos católicos) e fazer coisas terríveis, como padre, pastor, agente de pastoral ou missionário. O exemplo disso está na parábola do samaritano justo.
Portanto, nada de assumir uma postura moralista, acusatória e sem um pingo de caridade ou senso social. Precisamos de um homem novo, e não apenas de cristãos novos. Capicci?
Por cautela, vou seguir o exemplo de Amigo de Deus e Chiquinho de Adelaide: vou usar um pseudônimo – PROMOTEU ACORRENTADO.
PS: segundo e etimologia popular, o nome Prometeu teria vindo da conjunção das palavras gregas pró – antes – e manthánein – saber, ver – ou seja, “aquele que pensa antes”, “aquele que prevê”. Conta a mitologia que Prometeu roubou o fogo dos deuses e o entregou ao homem. Isso causou a ira dos deuses. Como castigo, Zeus ordenou que o traidor fosse acorrentado ao cume de um rochedo, onde todos os dias um abutre mastigaria o seu fígado. O castigo deveria durar 30 mil anos.
Tenho certeza que o amigo Nicodemos está irradiando alegria com a participação dos nossos amigos Chiquinho de Adelaide e Amigo de Deus. Há tempo, segundo Pe. Francisco, Nicodemos reclamava a necessidade de construir aqui neste site um canal de discussão. Eis o seu desejo, que também é nosso, realizado, amigo Nicodemos.
Reflexão de altíssimo nível.
Melhoranças a todos!
Concordo com o tal Chiquinho de Adelaide (é esse mesmo o seu nome?). A corrupção no Brasil não tem rosto, nem CPF e parece envolver a todos os sujeitos sociais. Tão errado quanto o empreiteiro que burla as regras do processo licitatório ou o motorista que oferece propina ao guarda da esquina é o gestor público que lança mão das chamadas OSCIPs para precarizar os direitos dos trabalhadores, fato comum em nosso Estado; o padre pedófilo; o policial pusilânime; o magistrado apático, o servidor autoritário etc. O seguimento a Cristo nos impõe um jeito novo de “ser” e de “estar no mundo”.
Caros amigos, tentando assimilar a primeira provocação reflexiva, lançada pelo grande Sinézio, vejo o seguinte:
A vinda do mestre é inevitável e perene. Cabe-nos aceitá-lo e incluí-lo em nossa vida. Que tal começarmos lembrando que no Natal e na Páscoa o motivo maior é Cristo? E lembrando disso, amarmos ao próximo, como Ele ensinou. Não só aquele que está bem próximo, mas aquele que está distante. Amando e levando até ele nosso parco conhecimento da palavra do mestre, através de um testemunho forte dos valores cristãos – como sugerido por Sinézio (sermos o novo cristão ou terceiro homem).
Mesmo que nossa palavra não seja exatamente a que Jesus proferiu, ela tem que ser a palavra que ampare, que levante... ou até mesmo que derrube! Que derrube aquele binômio poder-prestígio, levando, nesse caso, àquelas pessoas que se intitulam poderosas, a verdade de que eles são nada mais que nossos irmãos. E como nossos irmãos, tem que tratar-nos como tal. Os “poderosos” tem que repousar seus olhos e nossos recursos, por exemplo, lá naquela favelinha em que as crianças não tem nem a alimentação, educação, saúde e dignidade, garantidas pela constituição. É hora de mostrarmos aos “poderosos” que nossa cegueira política está diminuindo e já não nos impede mais de enxergar a corrupção descontrolada que assola a sua grande maioria. Em contrapartida, não podemos tentar subornar o guarda, quando ultrapassamos o sinal vermelho. Senão nos igualamos à construtora que oferece 10% ao prefeito para ganhar a licitação. De que vale cobrar, se não fazemos nossa parte?
Cristo nos reaproximou do plano de Deus. Como verdadeiros cristãos, temos a obrigação de aproximarmos dos exemplos dEle.
Um forte abraço a todos e muito grato pela acolhida.
Chiquinho de Adelaide
Essa semana andaram especulando o nome do Padre Francisco Almeida para deputado federal. Um bom nome para combater os oportunistas que surgem por aqui a cada ano e os daqui também.
Quero encontrar o Padre para saber de suas posições e o que ele acha dessas especulações!