O grande Prometeu tem absoluta razão quando questiona o determinismo presente na interpretação do evento crístico. As leituras e releituras que foram feitas da experiência vivida por Jesus de Nazaré, há dois mil anos no Oriente Médio, foram marcadas por alguns sintomas extremamente complexos que desafiam, ainda hoje, as mentes interessadas nesse acontecimento.
Pra começar, as fontes que temos são bastante escassas; contamos, sobretudo, com os relatos feitos pelos próprios seguidores de Jesus, que, evidentemente, tentam recortar a história do mestre a partir dos anseios e expectativas que viessem ao encontro de sua pregação. Não se trata de inverdade, porém, segundo o crivo da crítica literária, há que se dá um generoso desconto em algumas compreensões e afirmações.
Da parte dos historiadores da época, pouquíssimas referências, as que existem carregam a suspeitas de terem sido reinterpretadas pelos próprios cristãos.
Feitas essas ressalvas, que julgo importantes, há de se atentar para um dado cristológico deveras ignorado pelas abordagens religiosas da temática crística: O esvaziamento de Cristo. A Carta de São Paulo aos filipenses, em seu segundo capítulo, ressalta tal esvaziamento como sendo uma opção de Jesus e uma necessidade para que a encarnação de Deus fosse possível. Desta feita, as três principais atribuições divinas: onipresença, onipotência e onisciência, foram renunciadas por Jesus em sua encarnação. Tal renúncia permitiu que Jesus assumisse a totalidade essencial da natureza humana. Contudo, a consequência imediata da mesma foi a perda da capacidade de prever o futuro, perscrutar os pensamentos e ter \"superpoderes.\" É tanto que, quando da prisão de Jesus, quando Pedro fere o soldado e é repreendido por Jesus o mestre lhe diz ...\"acaso não sabes que, se eu quisesse, \"pediria ao Pai\" e Ele enviaria do céu uma legião de anjos para me defender?\" O poder de Jesus encontra-se no Pai, que o devolve na ressurreição.
É importante se está atento a essas verdades cristológicas para não ter imagens equivocadas da pessoa e da ação de Jesus, principalmente esse determinismo absurdo de que fala o amigo Prometeu.
Melhoranças!
Muito interessante a narrativa apresentada por Nicodemos a respeito dos acontecimentos que antecederam a Páscoa de Jesus. Todavia, peço licença aos leitores para propor aqui outro ponto de discussão - menos literário, é verdade, mas não menos dramático: o determinismo com que muitos de nós cristãos encaramos os dramáticos acontecimentos da “última semana”.
Para muitos de nós, Jesus simplesmente aceitou a morte no madeiro porque essa era a vontade do Pai. Será mesmo? Deus faria isso?
Para JOHN DOMINIC CROSSAN (autor de “A Última Semana, um relato dos últimos dias de Jesus”, Vozes, em 2006), «jamais é a vontade de Deus que um homem justo seja crucificado».
De acordo com esse autor, «a história poderia ter sido diferente. Judas poderia não ter traído Jesus. As autoridades do templo poderiam ter se decidido por um rumo diferente e não ordenar a execução. Pilatos poderia ter deixado Jesus livre ou decidido por uma punição que não fosse a morte. Mas aconteceu assim. E, como o narrador do Gênesis, os primeiros narradores cristãos, olhando para trás, para ver o que havia acontecido, por acaso designam significados providenciais à Sexta-feira Santa. Mas isso não significa que a Sexta-feira Santa precisasse acontecer».
Para CROSSAN, «a execução de Jesus era praticamente inevitável. Não por causa da necessidade divina, e sim por causa da inevitabilidade humana — era isso que os sistemas de dominação faziam com as pessoas que os desafiavam pública e vigorosamente. Aconteceu com freqüência no mundo antigo. Aconteceu com incontáveis pessoas durante toda a história. Mais próximo de Jesus, isso aconteceu com seu mentor João Batista, preso e executado por Herodes Antipas não muito tempo antes. Depois aconteceu com Jesus. Dentro de mais algumas décadas aconteceria com Paulo, Pedro e Tiago. Deveríamos nos perguntar o que havia em Jesus e em seu movimento que tanto provocava as autoridades no topo dos sistemas de dominação de seu tempo.»
A explicação é óbvia.
Jesus não foi simplesmente uma vítima infeliz da brutalidade do sistema de dominação. Também era um protagonista cheio de paixão. E foi justamente essa paixão a causa da sua morte.
«Sua paixão, sua mensagem, era sobre o reino de Deus. Jesus falava aos camponeses com uma voz de protesto religioso camponês contra as principais instituições econômicas e políticas de seu tempo. Atraiu seguidores e levou seu movimento a Jerusalém na época da Páscoa. Ali desafiou as autoridades com atos e debates públicos. Tudo isso era sua paixão, o que o apaixonava: Deus e o reino de Deus, Deus e a paixão de Deus pela justiça. A paixão de Jesus o levou à morte. Para colocar esse significado de paixão e outro significado, mais estrito, de paixão numa única frase: a paixão de Jesus pelo reino de Deus levou ao que costuma ser chamado de sua paixão, ou seja, seu sofrimento e sua morte. Mas restringir a paixão de Jesus ao seu sofrimento e sua morte é ignorar a paixão que o levou a Jerusalém. Pensar na paixão de Jesus como simplesmente o que aconteceu na Sexta-feira Santa é separar sua morte da paixão que animou sua vida».
Portanto, é de concluir que «a Páscoa não trata de uma vida após a morte ou de finais felizes. A Páscoa é o “sim” de Deus a Jesus contra os poderes que o mataram (…) A Páscoa afirma que os sistemas de dominação deste mundo não são obra de Deus e não têm a última palavra»
Agradeço ao velho Nicó por trazer à discussão esse tema. Espero que iluminado pelo testemunho do Mestre de Nazaré todos nós católicos tenhamos a coragem de enfrentar os desafios da nossa própria Paixão. Boa Páscoa para todos.
* Nicodemos
Estamos na Judéia, por volta do ano trinta da nossa era. É primavera e Jesus desce de Efraim com seus discípulos, rumo a Jerusalém, para participar da Páscoa. É grande a movimentação de peregrinos rumo à capital do país. Muitos deles viajam com antecedência para se purificar no Templo (Jo 11, 55). Para os palestinos, as festas são datas extremamente importantes que movimentam todo o país. Dentre as comemorações mais relevantes está a Páscoa, a festa da “passagem”, que recorda a libertação do povo do cativeiro no Egito.
Na verdade, segundo a tradição mais antiga, a páscoa, comemorada nos meses de março-abril, surgiu muito antes que tivesse início o êxodo comandado por Moisés; era uma espécie de ritual profano realizado pelos pastores nômades, com o objetivo de proteger suas famílias e seus rebanhos dos maus espíritos. Somente após a grande fuga do Egito, a festa transformou-se em memorial da libertação nacional.
Apesar da importância para Israel, a grande festa da passagem era também momento de nervosismo para muitas pessoas. A viagem à capital Jerusalém, situada no extremo do planalto central da Palestina, a 760 metros de altitude, trazia consigo grandes perigos por conta da geografia acidentada do lugar e do clima adverso. Além disso, nesse período, a cidade chegava a receber uma multidão de aproximadamente 180 mil peregrinos. Tamanha aglomeração facilitava a ação dos salteadores. Para Jesus e seus discípulos, já acostumados às idas e vindas àquela região do país, o problema ficava por conta dos fariseus e saduceus que queriam matá-lo (Jo 7, 25; 11, 53). Andar em público tinha se tornado um problema para o Rabi de Nazaré (Jo 11, 54).
Naquele ano, embora sabendo dos planos dos adversários para assassiná-lo, Jesus reúne seus discípulos e parte de Efraim rumo à morte certa em Jerusalém (Jo 13, 1). De acordo com a lógica humana, a atitude de Jesus parece loucura. Por que não escapar do cerco adversário, buscando refúgio em local mais seguro? “Agora a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora? Mas foi precisamente para esta hora que eu vim” (Jo 12, 27-28). Já em Jerusalém, ele anuncia a uma multidão de peregrinos: “Agora é o julgamento deste mundo; agora será expulso o príncipe deste mundo. E eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a mim” (Jo 12, 31-32).
Mas antes dos seus últimos instantes em Jerusalém, Jesus faz uma rápida visita ao lugarejo chamado Betânia, morada de um velho amigo seu, de nome Lázaro. A estadia na casa do amigo ganha tons de despedida na visão do evangelista João. Jesus sabe que é chegada a hora de enfrentar as ciladas dos que planejam matá-lo. Além disso, seu coração arde de desejo de abraçar Lázaro pela última vez, pois logo em breve, também este será assassinado a mando das autoridades do Sinédrio (Jo 12, 10).
2. A CIDADE DE BETÂNIA
Betânia estava situada na encosta oriental do Monte Eleion, ou Monte das Oliveiras, distante apenas três quilômetros de Jerusalém. Com seu ar bucólico, cercada por uma vegetação verdejante e por pequenos bosques de olivedos e figueiras, a aldeia era um lugar aconchegante, repleta de boas recordações, onde Jesus e seus companheiros costumavam descansar entre pessoas amigas que lhes queriam bem. Lucas chega a afirmar que em Betânia aconteceu a ascensão de Jesus aos céus (Lc 24, 50), o que é controvertido. Presentemente, a cidade está enterrada sob as construções da atual Jerusalém.
3. O JANTAR NA CASA DE LÁZARO
O reencontro dos amigos foi comovente. Jesus e Lázaro abraçaram-se demoradamente. Há meses não se encontravam – para ser exato, desde o triunfal retorno de Lázaro do mundo dos mortos. O amigo ressuscitado de Jesus estava ótimo, cheio de vigor. As irmãs dele, Marta e Maria, também correram para abraçar o Rabi tão logo o avistaram no caminho arenoso que dá acesso ao lugarejo. Jesus e os doze estavam exaustos da viagem e de pronto aceitaram o convite para sentar-se ao abrigo da sombra de uma árvore, defronte à casa de Lázaro, enquanto as mulheres preparavam apressadas o jantar.
A conversa prosseguiu animada ao redor da mesa, durante a ceia. Marta cuidava para que não faltasse alimento e bebida para os convidados.
Naquela noite, percebia-se uma clara sensação de paz entre os presentes. A tensão das últimas semanas havia cedido espaço às amenidades e a alegria voltava a brilhar em muitos olhares. As freqüentes ameaças de morte e os recentes atentados ocorridos em Jerusalém, durante as festas do Tabernáculo e da Dedicação, quando Jesus e seu grupo escaparam do apedrejamento (Jo 8, 59, e 10, 31), eram agora motivos de anedotas para alguns deles. Jesus alegrava-se com as estórias contadas pelos amigos. Lázaro, por exemplo, aproveitava para falar a respeito de sua fama repentina na região (Jo 12, 9). Judas, dentre todos, era o único que parecia incomodado naquela noite.
4. O GESTO APAIXONADO DE MARIA
Era costume entre os judeus oferecer aos convidados um pequeno cerimonial de boas vindas, que incluía beijo na face, água e óleo perfumado para o corpo (Lc 7, 44-46). Maria, irmã de Lázaro, enquanto Jesus estava à mesa com os amigos, colocou-se diante dele com um vaso de nardo e começou a lavar-lhe os pés com o perfume. A fragrância tomou conta do ambiente. Os discípulos se entreolharam e Judas, o apóstolo infiel, saltou à frente dela e tentou impedi-la de continuar derramando o ungüento. Judas foi insistente, pois percebendo que o bálsamo era caro, tencionava vendê-lo e tomar para si o dinheiro. Jesus, porém, conhecia os pensamentos do apóstolo e o repreendeu com firmeza, fazendo sinal para que voltasse ao seu lugar à mesa. E olhando carinhosamente para a mulher, disse-lhe algo em segredo. Resignada, Maria continuou prostrada diante dele por mais alguns minutos. O incidente foi rapidamente esquecido pelos convivas e voltaram todos à descontração de antes (à exceção de Judas, que, contrariado, deu asas ao pensamento, imaginando uma maneira de se vingar do amigo. “Será ele, de fato, o Messias esperado que veio salvar nosso país do jugo dos dominadores?”, pensava consigo). Jesus, porém, guardou satisfeito em seu coração o aroma daquele perfume e a lembrança da feição arrebatada de sua amiga Maria - respiração ofegante, olhos marejados, enquanto massageava lenta e delicadamente os pés do Mestre com o perfume.
5. GESTO DE ADORAÇÃO
Os discípulos não perceberam que o gesto praticado pela mulher revelava um mistério profundo que a visão deles não permitia enxergar. Maria havia realizado, diante dos olhos arregalados dos convidados, um prenúncio da própria morte de Cristo (Jo 12, 7). Ela havia realizado também a mais sincera e comovente adoração a que Jesus havia assistido até aqueles dias.
Segundo a Doutora em Teologia Dogmática e Liturgia, IONE BUYST, a unção feita por Maria na cena retratada pelo evangelista João representa uma autêntica profissão de fé em Jesus como o “Emanuel, o Deus-conosco, o Filho de Deus, o verbo feito carne, Deus em carne e osso”. Sublime gesto de uma mulher cujo coração ardia de admiração pelo Rabi que era puro amor e inebriava a alma das pessoas.
Maria não cedeu aos apelos de Judas para vender o óleo perfumado, porque, desde cedo, aprendera com o Mestre a ser fiel àquilo que um coração devotado busca alcançar: a intimidade com Deus. Afinal, estava ela diante do Cristo, o Filho do Deus Vivo (Mt 16, 16). Agradecida por Jesus ter devolvido a vida ao irmão, Maria exultava diante dele. A adoração brotou-lhe espontaneamente. Caiu aos pés de Jesus e presenteou-lhe com o que de mais caro possuía em casa – o perfume. Um rio de lágrimas misturou-se ao ungüento que era derramado sem avareza. Sua fé era diferente, mais profunda e despojada. Maria não apenas impediu que a opinião dos outros confundisse a sua fé e a afastasse de Jesus, como também não se rendeu ao modelo tradicional de culto seguido pelos judeus da época. Ela sabia que a fé não se resumia à observância (muitas vezes cega) da Lei, ao contrário, era algo vivo, que se manifestava através de atitudes concretas e significativas, por meio de gestos de abertura ao Criador e ao próximo. Em lugar de sacrifícios, Maria preferiu o diálogo direto, o gesto de carinho e intimidade com o Filho de Deus. Sentou-se aos pés de Cristo, deve ter balbuciado algumas palavras enquanto lhe enxugava os pés, confessado pecados e ouvido dele conselhos belíssimos, segredados em tom inaudível aos ouvidos mais próximos. Poderíamos até usar a fraseologia de um conhecido teólogo, LEONARDO BOFF, para expressar esse gesto profundo de união entre duas dimensões tão essenciais ao ser humano: Maria, sentada aos pés de Jesus, uniu o “cotidiano com o surpreendente, a imanência opaca dos dias com a transcendência radiosa do espírito, a felicidade discreta nesse mundo com a grande promessa na eternidade”.
6. QUE TIPO DE FÉ É A NOSSA?
Infelizmente, muitos de nós, agindo segundo os padrões deste mundo, pretendemos estar próximos de Jesus apenas para receber algo em troca, como Judas, amante do poder, ou como a esposa e os filhos de Zebedeu (Mt 20, 20s; Mc 10, 35s), em busca de prestígio. Não o adoramos com o mesmo despojamento de Maria, irmã de Lázaro, em verdade e espírito. Não nos pomos aos seus pés, não conversamos com Ele. Fazemos da nossa fé algo venal, cheia de medos e superstições, apartada da nossa verdadeira missão de batizados no mundo. Como água e óleo, insolúveis por natureza, de tal modo são fé e vida para muitos católicos.
Percebam que há traços no comportamento de Judas Iscariotes semelhantes ao de muitos católicos. Judas, na verdade, é a representação literária dos sonhos humanos desfeitos, da busca incessante por quimeras. Judas sentiu-se “traído” pelo mestre ao perceber que o Reino prometido a Israel não era temporal, bélico, revanchista, mas baseado na regra do amor e do respeito ao próximo. A cena em Betânia foi, simplesmente, o ápice de uma crise de fé que vinha tomando conta da mente e do espírito do apóstolo ao longo do tempo. O evangelista João afirma que o “demônio” (diábolos, \'o que dá temor, o que desune, caluniador\') havia lançado no coração do filho de Simão Iscariotes o propósito de trair seu mestre (Jo 13, 2).
Cristãos há que buscam a salvação a seu modo. Querem as coisas do seu jeito. Se se sentem interpelados por algo mais profundo, mudam simplesmente. Vão procurar abrigo tranqüilo em outro lugar. Não têm compromisso com nada, fogem correndo quando são contrariados. Em geral, são pessoas que procuram dar azo às suas carências pessoais criando para si uma fé diferente, particular, resultado da mescla de elementos provenientes de outras crenças. Misturam coisas substancialmente inconciliáveis e acreditam que Deus é exatamente “aquilo” que suas mentes conseguem compor a partir da combinação de conceitos retirados de outras religiões. Para justificar essa alquimia maluca, inventam as mais absurdas explicações.
No Antigo Testamento, encontramos exemplos belíssimos de pessoas que souberam viver a fé de maneira verdadeiramente encarnada, fiel e madura. Ana, mãe de Samuel, é um desses exemplos. Mulher de profunda oração, ela falava com Deus de forma tão apaixonada que parecia bêbada aos olhos alheios (1Sm 1, 12). Dizia derramar-se inteiramente quando estava na presença do Senhor. A história dessa mulher é belíssima. Ana era estéril. Pediu a Deus para ser mãe e foi atendida. Sua alegria por poder gerar um filho foi tão intensa que a oração de agradecimento, de tão bela, serviu, ao que se especula, de inspiração para o Magnificat (1Sam 2, 1-10). Não somente isso. O nome Samuel, segundo a tradição, significa “Eu o pedi a Javé”. Não obstante todo esse amor pelo filho, Ana terminou por consagrar a criança ao Senhor “por todos os dias da sua vida”. Presenteou a Deus o único filho, em cumprimento a uma antiga promessa. Esse coração de mãe deve ter doído, porém a fé foi maior. “O meu coração exulta no Senhor”, dizia (1Sam 2, 1).
Também o Novo Testamento está repleto de personagens igualmente singelos. Apenas para citar alguns exemplos, temos Zaqueu, o arrependido cobrador de impostos (Lc 19, 1-9), Levi, filho de Alfeu, outro cobrador de impostos, que ganhou o nome de Mateus e tornou-se apóstolo de Jesus (Mc 2, 14), o próprio Paulo (At 9, 1 e ss.), e muitas outras figuras apaixonantes que encontraram em Jesus um novo significado para suas vidas. Há, ainda, uma personagem cuja história é particular-mente cativante. Trata-se da profetisa chamada Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, que chegou aos oitenta e quatro anos com um amor profundo pelas coisas de Deus (Lc 2, 36-38).
7. CONCLUSÃO
É preciso, pois, imitar esses exemplos de coragem e comprometimento com a fé, marcados pela conversão profunda da alma, pela a honestidade, a retidão de caráter e o elevado senso de justiça. Mas é preciso também não misturar as coisas. A fé só produz frutos quando leva o sujeito a dar testemunho do seu amor por Deus e pelos irmãos, como fizeram todos esses personagens. Como Maria, irmã de Lázaro, prostrada aos pés de Jesus, derramando-se inteiramente, com um amor desinteressado. Ou como o próprio Mestre, firme, na estrada “rumo a Jerusalém”.
Lenisa ñ consegui, pelo seu E-mail, enviar-lhe o arigo. Ei-lo aí na página dos artigos em destaques.
Uma feliz e abençoada semana santa.
Caro Boca Quente, poderia explicar melhor essa história de \"vaso sanitário\"?
enquietos,estão mortos ou vão recucitar,ou vc são como os vaso sanitarios que estão nas ruas?
Estou passando para desejar aos sumidos (inclusive eu) inquietos uma verdadeira páscoa. Que a ressurreição seja uma experiência performativa na vida de todos nós, e que nos ajude a compreender o verdadeiro sentido da nossa existência.
Abraços!
A partir de que nos autorizamos a falar dos fatos da vida e da sociedade? Quais os critérios que usamos em nossas análises e julgamentos? Ao erguermos a voz, ao empunharmos bandeiras, ao reivindicarmos direitos e respeito, pelo que mesmo somos movidos?
A nossa consciência ancora-se no mais profundo e obscuro estado de indefinições e inseguranças. É isso que tanto nos angustia. Mesmo os mais crentes, em certas situações da vida, berram barbaridades a perguntar pelo deus em quem confiam e que parece ausente ou indiferente aos apelos desesperados por socorro.
As vezes sou tentado a pensar que somos atraídos para esse vazio inquietante de incertezas, e que essa atração representa na verdade o encontro conosco mesmos, seres essencialmente insatisfeitos.
E Deus? Onde estaria?
Depois do abismo!
Melhoranças a todos!
Parabenizo o site pelas excelentes matérias publicadas na página principal, em particular o material sobre o famigerado \"cabide de emprego\". Fico imaginando a situação da administração municipal neste segundo mandato do prefeito Nabor Wanderley. Pelo que se escuta nas ruas, os diversos a prefeitura está abarrotada de assessores de \"apadrinhados\", que infestam o serviço público com todo tipo de vício (ao contrário de Frei Betto, eu prefiro a denominação ASPONE - \"assessores de p... nenhuma\"). Lamento o fato de o prefeito não estar se importando muito com essa situação. Cadê o Ministério Público e a Justiça que não tomam providências para coibir semelhante despautério? Cadê a oposição que não denuncia as falcatruas?
Agradeço a equipe da PASCOM pelas considerações sobre mim. Sempre que precisarem estarei à disposição da Pastoral.
O Texto de Frei Beto que só agora pude ver: concordo com ele, plenamente!