Vcs estão de Parabéns, pelo novo
site.(Marcos e Lenisa)
Também parabenizo, pelo carinho e responsabilidade, pela maneira que vcs realizam seus trabalhos, que não deixam de sr umm trabalho de gde porte missionário.
Parabéns Marcos e Lenisa,o site está excelente.Sucesso!
Ola!!
A paroquia de Santo Antonio está de parabéns, tudo muito lindo e organizado, faz gosto entrar na igreja e ver a solidariedade dos irmão...um grande abraço a todos que fazem essa paroquia...Dilene
Continuamos cristãos, mas o que temos que fazer é nos concentrar melhor na prática deixada por nosso mestre.
Os textos estão cada vez melhores.
Parabéns a equipe!
Parabéns Marcos e Lenisa pelo site, esta lindo,Deus abençoe voces,e Maria os guarde.
sou dá paróquia daguia e vcs estão de parabéns, ñ perdo uma novena dá linda...
parabéns!!!
Um ponto tido como central na mediação filosófica para a reflexão teológica é o destaque que existe na história do desenvolvimento existente entre a fé e a razão. Constata-se a assunção critica do pensamento filosófico por parte de pensadores cristãos, como Orígenes, os Padres Capadócios e sobretudo, o Doutor ocidental, Agostinho. Foi este quem conseguiu elaborar a primeira análise do pensamento filosófico e teológico. Sua síntese permanece como a forma mais elevada da reflexão filosófica e teológica que o ocidente conheceu. Fez esta síntese porque conhecia bem o pensamento especulativo e também a teologia. Todos estes pensadores acolheram a razão na sua plena abertura ao absoluto e, nela enxertaram a riqueza proveniente da Revelação Divina. Isso é sem duvida, o primeiro ponto de nossa reflexão.
O segundo ponto é a contribuição deixada por Tomás: instaura um diálogo com o pensamento árabe e hebraico do seu tempo. “Colhe” da natureza (seus elementos forma tidos como a origem de tudo pelos pensadores pré-socráticos) elementos que podem contribuir para a compreensão da Revelação Divina. Mas o Doutor Angélico não pára. Diz que é o Espírito Santo quem faz o papel de amadurecer a ciência humana. Mas ao enunciar isto diz ele que existem duas formas complementares: a filosofia e a teologia.
Como compreender o pensamento do saudoso Papa João Paulo II em sua Carta Apostólica Fides et ratio (Fé e Razão) sobre a mediação filosófica e a reflexão teológica no pensamento moderno e em pleno século XXI?
Talvez o nosso amigo Prometeu Acorrentado tenha razão quando diz que relembrar o passado seja uma maneira de reviver a inocência que nos dias de hoje parece perdida. Talvez todos nós busquemos naquilo que vivemos receitas e fórmulas para educar os nossos filhos, mas devemos ter muito cuidado pois cada momento de nossas vidas são únicos, e o passado nos trás tantas lembranças como o futuro também nos trará se soubermos aproveitá-lo. A felicidade está nas pequenas coisas, nos pequenos momentos: como um momento de conversa com amigos, um passeio na praça com os filhos, entre outros.
Hoje, contamos para eles àqueles momentos que vivemos na nossa infância. Amanhã, estaremos ouvindo-os contar para os seus filhos as mesmas estórias que contamos para eles e também um pouco das suas travessuras na infância. O importante é nunca deixar que estas estórias se percam no tempo, que elas passem despercebidas, e para que isso não aconteça, continuem contando para seus filhos e netos tudo o que vivemos, pois só assim a inocência da nossa infância os levará a refletir sobre a importância de viver a vida com a mesma inocência que vivemos no passado.
Querida companheira de luta, Maria Marta pé no chão, talvez não tenha sido clara ao cobrar dos amigos inquietos mais ação, na verdade estava me referindo ao fato dessas conversas e pensamentos não serem expostos à outras mais pessoas que certamente estão também, assim como nós, preocupados com o andar da carruagem e com o rumo que a nossa igreja está tomando. Me preocupa, o fato de vocês não tentarem levar todos estes conhecimentos à além das reuniões e conversas entre vocês. Gosto de ouvir todos, mas o que me deixa apreensiva é saber que tantos outros poderiam participar dessas conversas e partilharem também ás suas angústias.
Admiro a coragem de vocês e todo o conhecimento, sei que estão presentes nos eventos da nossa paróquia, mas sei também que é preciso perder o medo ou receio, não sei bem, e descobrir uma forma de realizar o que vocês tanto desejam.
Precisamos falar, ouvir, discutir, brigar e até mesmo calar de vez em quando, mas o mais importante nisso tudo é buscar novos caminhos, novas formas que nos façam a cada dia buscar o Cristo.
Uma estória puxa outra. Maria Marta lembrou a infância traquina em Malta e Condado, das hortas, pomares e banhos de açude. Sinézio, idem. Da minha infância guardo a lembrança das conversas na calçada diante do velho armazém onde minha avó guardava suas tranqueiras, no sítio Serra do Pedro, onde eu costumava passar as férias; lá, na calçada de quase um metro de altura, todas as noites, os mais velhos se reuniam para contar suas estórias e reviver os acontecimentos importantes do dia. Deixavam o rádio de pilha sintonizado no “Forró de Batista Leitão” (lembram dele? Faleceu, eu acho) - a certa distância do grupo, para não atrapalhar o ritmo bom da conversa. Debaixo de um céu maravilhosamente estrelado, eu ouvia “causos” curiosos e engraçados sobre assombrações, caçadas noturnas, contos de botija e ataques de lobo-guará nas serras da região. A gurizada espalhada pelo terreiro ouvia atenta essas estórias. Depois que a prosa terminava, cada um pegava o próprio tamborete de madeira, botava sobre a cabeça e partia pela vereda estreita de volta para suas casas. Só se ouvia o conversado no meio do mato e o arrastado das chinelas na escuridão. Final dos anos setenta, início dos anos oitenta, por aí.
Desse tempo guardo também a lembrança de uma senhora de setenta e poucos anos, dona Beta (ou Beata, segundo alguns). Morava em um sítio próximo, a meia légua de distância. Vez ou outra visitava minha avó, boquinha da noite, com o tradicional pito de cigarro de palha no canto da boca. As duas eram muito parecidas. Gostavam de rezas, benditos, novenários e, vez ou outra, de organizarem procissão com imagens de santo, para visita às casas dos moradores próximos. Disso eu não participava, temendo encontrar cobras pelo caminho escuro.
Dona Beta era do tipo que marcava pela aparência singular e pela personalidade firme. Era magra, pele negra, rosto demasiadamente enrugado. Tinha sido durante muitos anos a parteira da região e uma rezadeira de primeira. Dizem que com suas orações ela afastava o “mal olhado” das residências, defendia as pessoas de feitiços e curava doenças com infusões cuja receita só ela conhecia. Dizem também que era descendente direta de escravos e que tinha na verdade mais de cento e poucos anos de idade. Seu Cícero, um dos moradores mais antigos da localidade, exímio contado de estórias e rezador contra picada de cobras, dizia que ainda meleque ouvia seu pai debulhar causos sobre ela. Um exagero, óbvio.
Mas quando os vizinhos se reuniam para conversar, lá estava dona Beta, riso fácil, com seus enredos fantasiosos. Eram maravilhoso ouvir suas estórias. Dizem que em seu leito de morte, a velha prometeu voltar no final dos tempos para se unir ao exército de devotos comandado por Frei Damião. Ouvi dizer também que ela foi vista anos mais tarde, na virada do milênio, montada em um cavalo de fogo, cruzando os céus de Taperoá. O que é bem próprio dela.
Maria Marta tem razão – os tempos são outros. A sociedade muda. Mudam os costumes. O bom é que trazemos da infância essas boas lembranças. As más, felizmente, o tempo ajuda a purificar suas cicatrizes, deixando o que há de ruim no passado. O problema está quando suplantamos também as recordações venturosas. Aí implodimos por dentro, nos tornamos seres sem passado, desligados da essência da vida. Ao ler a postagem de Sinézio (ver o mural de recados do dia 04/06/2009, às 17:58), percebo que suas memórias sobre a velha Trincheiras estão ainda acesas, como as antigas fogueiras de São João. Mas dou cota também que essa insistência em revirar o passado em busca de reminiscências felizes é sintoma de algo mais profundo e velado – estará ele escavacando o passado em busca de sinais de inocência que o tempo presente parece haver perdido?
Avante, Sinézio, meu velho!