O descaso está indo longe demais. Onde anda a solidariedade? Onde anda o amor ao próximo tão pregado por Jesus? No fundo, no fundo, a morte de Jesus, é encarada igualmente a morte de Maria Doida, de Alemão e tantos outros que de todos as pessoas falam a mesma coisa: \"menos um para perturbar\". A condenação de Jesus foi exatamente para tirar de tempo, já que Ele pregava o amor, e a justiça.
É mais fácil tirar de tempo, do que fazer justiça. É mais fácil matar o problema do que tratá-lo.
Precisamos partir para a lita. Precisamos criar coragem e cobrar providências das autoridades competentes. Muita coisa depende de nós, que muitas vezes nos denominamos de INQUIETOS, quando, ao contrário, somos completamente acomodados. Só conversa, criticas, ..., sem nenhuma atitude.
Pensemos nisso!
Aliás, a polícia em Patos tem sido de uma omissão sem tamanho. O que eles fazem, afinal de contas? Investigar? O quê, pelo amor de Deus. Ninguém vê um caso de homicídio resolvido em Patos. Os furtos são resolvidos “apagando-se” os gatunos. Quer dizer, joga-se a sujeito para baixo do tapete. Acho que se fosse feita uma auditoria séria nos registros policiais desta cidade, veríamos que menos de 10% das “ocorrências” havidas são registradas, os casos considerados “pouco relevantes” são resolvido ao estilo dos delegados de antigamente, ou seja, são engavetados. Garanto que se a tal Maria Doida fosse filha de um político influente ou de um comerciante de posses a coisa já estaria resolvida e o furdunço armado nos meios de comunicação – todo mundo comentaria o caso e os responsáveis em pouco tempo seriam presos e julgados. Mas como é pessoa simples, que ninguém queria enxergar, deu no que deu, sua morte caiu no esquecimento e a justiça repousa agora a sete palmos abaixo do chão. É lamentável.
Monstros circulam por Patos
Um fato de extrema desumanidade aconteceu esta semana na cidade de Patos. Uma violência sem qualquer explicação chocou a quem conhecia “Maria Doida”, uma figura que vez por outra era levada para tratamento psiquiátrico em João Pessoa. Não tomava a medicação prescrita e específica para pessoas portadoras de transtornos mentais, como era seu caso. Monstros atacaram Maria e introduziram em sua vagina uma garrafa de cerveja, causando-lhe forte hemorragia. Mesmo sendo socorrida não resistiu e foi a óbito.
Do ser humano pode-se esperar qualquer ato insano, a exemplo deste. Maria tinha um mundo seu, de muitos fantasmas com quem ela falava bastante. Brigava, sorria brandamente. Passava com frequência próximo do prédio em que eu morava. Vivia perambulando pelas ruas, principalmente nas proximidades do Centro Comercial Darcílio Wanderley (Mercado Velho), onde os beberrões sempre repartiam com ela alguns goles de cachaça. Por várias vezes dei-lhe alimento, quando não estava sob efeito do álcool. A única pessoa que sofria com sua presença era ela mesma. Não tenho notícias se a Polícia teve iniciativa de investigar o caso, afinal era uma pessoa que ninguém percebia, a não ser para zombar de sua nudez esporádica, “escandalosa”.
fonte: PBnoticias
Em meio à noite é preciso lembrar que além do sono há os sonhos.
Como estou com saudades! Quando vou a missa na igreja que tem aqui perto de onde estou morando meus olhos ficam marejados, pois fico lembrando da minha paroquia que tanto amo. Peço a Deus que me conceda a graça de poder estar aí no I EJC da Paróquia.
Deus abençoe a todos!
Comentários ao texto de Frei Leonardo Boff.
Verdadeiramente o teólogo é um ser quase impossível. Sua obrigação é de pensar os desígnios de Deus e exprimi-la aos irmãos e irmãs.
É bem próprio do teólogo pensar a Ultima Realidade, pensar Deus, a Escatologia e tentar exprimi-la com palavras adequadas, contextualizando-as.
A afirmação do Boff realça um tema há muito tempo digno de comentário: os olhos voltados para o passado com a obrigação de apontar para o futuro. Observa-se os sinais dos tempos e faz deles seu embasamento reflexivo de máximas de vida. Tem sido assim com alguns teólogos.
Quero comentar uma parte do artigo de Leonardo, principalmente quando ele afirma:
“por ser teólogo da libertação, conheci tribulações, tive que me justificar diante das mais altas instancias doutrinarias da Igreja e sofri discriminações por parte de irmãos da fé até os dias de hoje. Mas este padecimento nada é em comparação com o que os pobres sofrem. É um privilégio poder participar, por um pouco, de sua paixão dolorosa.\"
Valorizo o desejo de ajudar os pobres e necessitados. Porém, lembro que a LIBERTATIS NUNTIUS, Instruções sobre alguns aspectos da Teologia da Libertação de JOSEPH Card. RATZINGER (1984), relata um pouco sobre a libertação.
Relata o Cardeal: A libertação é antes de tudo e principalmente libertação da escravidão radical do pecado. Seu objetivo e seu termo é a liberdade dos filhos de Deus, que é dom da graça. Ela exige, por uma conseqüência lógica, a libertação de muitas outras escravidões, de ordem cultural, econômica, social e política, que, em última análise, derivam todas do pecado e constituem outros tantos obstáculos que impedem os homens de viver segundo a própria dignidade. Discernir com clareza o que é fundamental e o que faz parte das conseqüências é condição indispensável para uma reflexão teológica sobre a libertação.
Prisões que não só pobres estão acorrentados. Tenho medo de um endeusamento do pobre e esquecer a obrigação deles, sua necessidade de união, de honestidade, de busca de paz, sua fé, seus anseios, sua própria história de vida e sua vida na história.
A expressão \"teologia da libertação\" designa primeiramente uma preocupação privilegiada, geradora de compromisso pela justiça, voltada para os pobres e para as vítimas da opressão. Porém, é preciso catequizar os opressores.
Uma teologia da libertação corretamente entendida constitui, pois, um convite aos teólogos a aprofundar certos temas bíblicos essenciais, com o espírito atento às graves e urgentes questões que a atual aspiração pela libertação e por movimentos de libertação.
Continua o Prefeito para a Doutrina da Fé que a Carta a Filemon mostra a nova liberdade, trazida pela graça de Cristo, deve necessariamente ter repercussão também no campo social.
Provavelmente o social é o principal campo de atuação do teólogo da libertação.
O Concílio Vaticano II, por sua vez, tratou as questões da justiça e da liberdade, na Constituição pastoral Gaudium et spes.
O Santo Padre João Paulo II, de saudosa memória, insistiu em diversas oportunidades neste tema, particularmente nas encíclicas Redemptor hominis, Dives in Misericordia e Laborem exercens. As numerosas intervenções que relembram a doutrina dos direitos do homem tocam diretamente nos problemas da libertação da pessoa humana diante dos diversos tipos de opressão de que é vítima.
Mas não se pode encarar libertação com opressão. Isso a Cúria Romana fez com muitos teólogos: Leonardo Boff, Ivone Gebara, Reginaldo Veloso, Padre Marcelo Pinto Carvalheira (hoje, bispo emérito da Arquidiocese da PARAÍBA), Dom Pedro Casaldáliga e, seminarista do nosso século, proibidos de assistir e ler palestras de teólogos dessa linha de pensamento.
Existe por outro lado a preocupação de gritar por liberdade, de quebrar as correntes que aprisionam os povos. Mas também é necessário pensar teologia de libertação de antigos e arcaicos conceitos e preceitos religiosos que distanciam os fies da Igreja e até mesmo da Fé em Deus.
Caro Bem Sirac, agradeço seu comentário e aproveito para registrar que partilho de alguns dos pontos de vista nele apresentados. Acho que você foi mais claro desta vez, pesquisou em outras fontes e expôs suas idéias de maneira completa, articulada, convincente. Gostei. Bem vindo de volta à arena dos inquietos. Quanto ao que afirmei no dia 30/06/2009, às 22h52min, neste mural, fica mantido. Abraços. Até a próxima.
Vejo que o amigo Bem Sirac amanheceu disposto a encostar os inquietos no canto de parede, com suas incursões pelos terrenos da filosofia, teologia e história. Meu caro, acho que sua “ira santa” pode nos ajuda a chacoalhar um pouco as coisas por aqui, nos terreiros da fé; todavia, cuidado com a mira de sua metralhadora verborrágica. Chega, por Deus, de carnificina e martírios (risos)...
Resposta a Flertando com Sofia
Em nenhum momento filosofei sobre o sentido da morte. Apenas, e com muita serenidade, exaltei um ponto de vista que há muito tempo serve de discussão no meio pastoral da Igreja Católica.
A morte de um Papa foi, inclusive, defendida por Dom Hélder Câmara, grande Bispo da Igreja do Brasil e que serviu de inspiração para muitos outros bispos. Este ponto de vista foi exposto ao próprio Giovanni Battista Montini, quando eleito Papa da Igreja de Cristo.
Talvez o sentido da morte para muitos seja aquele que filósofos como Heidegger e Sartre têm defendido, ou seja, apenas uma existência fadada ao não-ser-mais-aqui, presente entre nós. Não, não é isso que defendo...
É preciso encarar os fatos com prudência. Os protomártires não foram canonizados, mas o seu exemplo é vivo até hoje. Prova disso é que você mesmo Flertando com Sofia fez questão de lembrar a comemoração litúrgica deles.
Falo de alguém morrer por um motivo atual: justiça, esperança, paz, fim da corrupção. Não quero exaltar a violência ou a ausência de vida. Não. Isso não! O que proponho é o martírio com sentido escatológico.
O martírio que falo é algo mais místico. Basta lembrar dos mártires do nosso tempo: Dom Oscar Romero, vitima da ditadura militar em El Salvador; Camilo Torre, no Brasil; e tantos outros...
Lembre-se bem: foi preciso que Martin Luther King morresse para que a segregação racial começasse a decair nos Estados Unidos; na Rússia, o sangue do Padre Alexander Mier embebedou aquele solo para que as sementes florescessem como sinal de esperança. São exemplos que continuam vivos entre nós.
Bem próximo de nós, tem-se exemplos de sangue que batizaram a luta por melhores dias: Se o sangue de Chico Mendes não tivesse sido derramado, a preocupação com o meio ambiente certamente não teria tamanha proporção, hoje. A própria Margarida Maria Alves (Paraíba) serviu de inspiração para novas gerações. Para reanimar a luta pela reforma agrária, tão merecida no nosso país. O sangue da menina Francisca arrasta milhares de pessoas por ano ao Parque Cruz da Menina, aqui em Patos.
É bom lembrar que martírio e testemunho se entrelaçam, deixam memórias e produzem fermento às comunidades. Não proponho apenas um assassinato, mas algo que leve ao despertar para reflexões reais sobre o verdadeiro sentido de viver.
Falo de uma morte autêntica, nos moldes de como relata J. B. Libânio ou Leonardo Boff, e ainda, o próprio Catecismo da Igreja, como um caminho para levar ao Pai. Não falo de um sentimentalismo, ou de sofrimentos para quem fica. Isso me tornaria em um ser poético.
É bom lembrar o que a história tem testemunhado. O martírio de judeus é fruto de um distúrbio mental de um louco (Hitler) que quis para si uma raça perfeita. Por outro lado, episódios da Ditadura Militar Brasileira é uma vergonha aos anseios de liberdade. Portanto, sua forma de pensar (Flertando com Sofia e Amigo de Deus) não tem nada de real com o nosso comentário.
Perdoa-nos quando por medo,
Ficamos calados diante da morte.
Perdoa e destrói os reinos
Em que a corrupção é a lei mais forte! (Cirineu Kuhn)
Repito: como seria importante para a fé dos católicos o martírio de um líder da Igreja.
Não falamos de padecimento, mas de realidade, de razão, de desejo de renovar as motivações da Igreja gloriosa dos sucessores de Clemente, afinal, o martírio gera o batismo de sangue, ensinado pela Igreja Católica.
Caro Amigo de Deus é necessário que matemos alguém?
Claro que não, mas é preciso deixar de lado o nosso lado místico, e impregnar em cada um o lado profético, poético e real. Deve persistir a carência de martirizar sentimentos egoístas, práticas distantes do pregado pelo Mestre de Nazaré, dúvidas históricas, fanatismos, comodismos.
É hora de deixar o Monte Tabor e subir a Jerusalém. Não podemos ser cristãos sem cruz e sem calvário. Sem passar pela experiência de fé do Esvaziamento e, depois ressuscitar.
Com Zé Vicente eu canto:
Venham todos, cantemos um canto que nasce da terra;
Canto novo de paz e esperança em tempos de guerra...
Para além da injúria e da morte conduz nossa gente;
Que teu reino triunfe na terra desde continente.
Proponho que essa minha reflexão seja tomada com seriedade e apreço, pois é fruto de muitas especulações, sobretudo aquelas guardadas em anos de vivência. Afinal, quem escreve viveu fora de seu povo e distante de sua pátria.
Peço para que olhe para Honduras, país da América Latina (América Latina, não Américas como Roma propõe, desvirtuando o sentido de lutas e de luto). Será preciso mais mortes?
É bem verdade que se têm muitos (milhares) de motivos para viver. Mas viver segundo os ensinamentos das Escrituras.
Os amores na mente,
As flores no chão.
A certeza na frente,
A história na mão.
Não acho loucura o desejo do Papa Clemente. Loucura é ficar nos porões das Comunidades e esperar que tudo seja: lenta e calma sobre a terra. Pessoas estão perdendo o essencial de suas vidas por causa de interpretações ou posicionamentos equivocados. A fé é importantíssima, mas há realidades distintas, aguardando soluções concretas.
A violência é tão freqüente entre nós que o martírio é tão-somente apenas mais uma morte. Espera-se que a máxima do Salmista seja refletida por vós:
É sentida demais pelo Senhor,
A morte dos seus Santos, seus amigos!
Até breve!
Cara Maria Amélia,
pesquisamos os batizados do dia 08/10/2000 e o padre que fez os batizados neste dia foi o Pe. Elias Ramalho.
Na galeria de Fotos ou vídeos deste site, você encontra a foto dele.
Atenciosamente,
Lenisa - PASCOM