Bom, Aproveitando a deixa, gostaria de partilhar com os amigos internautas alguns assuntos que correm a boca miúda pela cidade. Dizem, e não sei se é verdade, que alguns repórteres - entre eles o jornalista Roberto Cabrini, apresentador do programa Repórter Record - andaram entrevistando moradores daqui, colhendo informações sobre a ignóbil “rota de Patos” da prostituição infantil. Comenta-se que uma matéria jornalística estaria sendo preparada em segredo (talvez para evitar a intromissão das autoridades locais e/ou dos suspeitos) e que o resultado seria exibido em rede nacional pela emissora do Bispo Macedo. Será? Sinceramente, acho bom que essa sujeira finalmente exposta ao público, revelando os meandros da “rota do sexo” na Paraíba, algo que, inclusive, já foi denunciado pelo Deputado Luiz Couto, nos trabalhos da CPI da Prostituição Infantil, no Congresso. Recentemente, o deputado estadual Nivaldo Manoel, do PPS, denunciou mais um escândalo, o “leilão” da virgindade, com a participação de adolescentes do nosso município.
Será que isso tudo vai ao ar realmente?
Dom Hélder Câmara, o grande profeta nordestino do século passado, dizia que um sonho sonhado em comunhão já se torna uma realidade, quando sonhado sozinho não passa de um sonho. Tenho impressão que é isso que fazem os inquietos. Mudar o mundo, a Igreja... talvez seja pretensão demais. Por isso, esse grupo, que sonho em conhecer pessoalmente, já começa a fazer diferente quando partilha os seus sonhos, anseios, ideais, angústias, etc.
Inquietos, avante!!
Que bom! Finalmente fui entendido pela cúpula dos inquietos. Fiquei chocado quando fui mal interpretado. Longe de mim, atacar os inquietos. Sou um grande admirador desses que se reunem tentando planejar como mudar o mundo. Leio todos os artigos do Acorrentado, do Pontual, do Chiquinho de Adelaide,... do Nicodemos, esse eu acho um crânio. Todos os inquietos são iluminados, com certeza, pelo Espírito Santo.
O que eu sempre quiz, foi \"atiçar\" o ânimo desses ânonimos.
Vocês são d+. Porém continuo dizendo: tentem sair das reuniões. Vocês têm bagagem para ir mais longe.
Eu sou Chição.
Bem que o grande Nicodemos poderia retornar à arena para, com a sua habilidade característica, nos brindar com uma retrospectiva dos grandes movimentos e revoluções da história da humanidade que foram gestados em reuniões \"secretas\". Associo-me a Prometeu e desconfio que o amigo \"Chicão\" seja alguém próximo desejando participar das \"reuniões secretas\" dos inquietos. Reuniões secretas despertam curiosidade e um profundo sentimento especulativo. Sinto decepcionar o nosso postulante ao dizê-lo que as nossas reuniões não são secretas - muito pelo contrário.
Você está convidado, Chicão! Só pedimos que você se apresente, isso porque as nossas reuniões não são pré-programadas, dessa forma, quando for acontecer a próxima ligaremos pra você.
No stress! Melhoranças!
Em 2005, ao ser entrevistado por jornalistas no Vaticano, o cardeal brasileiro Cláudio Hummes afirmou que a igreja não é uma democracia, mas – palavras dele - “uma comunhão”. Vá lá, comunhão. No lugar dele, eu diria outra coisa. Mas tudo bem. O inolvidável Nicodemos (aliás, por onde anda nosso velho amigo amante da noite?) disse certa vez, aqui mesmo no Mural, que a instituição eclesiástica se organizava à moda dos antigos regimes absolutistas. Isso, aliás, já foi dito por Padre Oscar Beozzo, em um de seus livros sobre a história da Igreja. Não sei se o velho Nicó está 100% correto nessa questão. Em parte, sim. Não há dúvida que a Cúria Romana lembra em muitos aspectos o ancien regime. Felizmente, o invólucro não molda o que vai dentro da caixa, e o Espírito Santo continua guiando a Igreja Povo de Deus pelos caminhos da História, vez ou outra aprontando surpresas, como na década 60, com o Vaticano II.
Mas como já disse, a querela entre Chicão e os inquietos é coisa do passado. Acho salutar que ele - ou ela, seja lá quem for - continue nos provocando. De minha parte, continuo com minhas manias. Sou mesmo um acorrentado, uma âncora, se assim preferirem me chamar, já bastante oxidada, presa ao fundo do oceano. Concordo que “reuniões fechadas” não combinam com a natureza dos que ambicionam “mudar o mundo”. Mas quem sou eu para agarrar-me a essa utopia cosmopolita, meu caro Chicão! Lamento dizer que a carapuça não se ajusta inteiramente à minha cabeça, que, aliás é enorme. Sou um sonhador acorrentado. Ponto. Ou melhor, ponto e vírgula - porque nada nessa vida é definitivo, como um ponto final. Somos, pobres humanos, um monte de “ponto e vírgula” espalhados pelas linhas da História – nossas idéias nunca chegam ao seu termo final, são cambiantes, é ponto e vírgula, ponto e vírgula.
Ah, e sobre as tais “reuniões fechadas”, quando será a próxima, Chicão?
“Rotineiras ‘reuniões fechadas’ dos inquietos...”
“Que o pensamento de vocês cheguem à atitudes concretas...\"
“Eu sou ‘Chicão’...”
Meu caro canjira, honrado herdeiro do nobre Zesão, percebo algo familiar em suas palavras. Bom, segundo Sinézio, pela obra se conhece o autor... Será?
Amigos inquietos, Saúde e Paz!
Parece que a visita pastoral do Bispo Dom Manuel adormeceu o pensamento de vocês. Quero relembrar-vos que temos a “obrigação” de pensar pelos nossos irmãos. Pois bem, fazendo a analise da CONSTITUIÇÃO APOSTÓLICA UNIVERSI DOMINICI GREGIS ACERCA DA VACÂNCIA DA SÉ APOSTÓLICA E DA ELEIÇÃO DO ROMANO PONTÍFICE ESCRITA POR JOÃO PAULO II, em 1996, pude chegar a algumas conclusões importantes e que as divido agora.
1º Apesar da avaliação feita por teólogos e canonistas de todos os tempos, que unanimemente consideram essa instituição (Conclave) não necessária, por sua natureza, para a válida eleição do Romano Pontífice, o Papa confirma com esta Constituição a permanência do Conclave na sua estrutura essencial, fazendo, no entanto, algumas modificações, de forma a adequar a sua disciplina às exigências de hoje. Em particular, considera oportuno dispor que, durante todo o tempo requerido para a eleição, o alojamento dos Cardeais eleitores, e de quantos são chamados a colaborar no regular andamento da mesma, tenha lugar em condignos aposentos situados dentro do Estado da Cidade do Vaticano.
Não será tempo de repensar esta prática? Universalizar mais as eleições, ou melhor, reunir os eleitores do Papa em continentes diferentes, fora dos muros do Vaticano?
2º no ponto 33. relata que: O direito de eleger o Romano Pontífice compete unicamente aos Cardeais da Santa Igreja Romana, à exceção daqueles que tiverem completado, antes do dia da morte do Sumo Pontífice ou do dia em que a Sé Apostólica fique vacante, oitenta anos de idade. O número máximo de Cardeais eleitores não deve superar cento e vinte. É absolutamente excluído o direito de eleição ativa por parte de qualquer outra dignidade eclesiástica ou poder leigo de qualquer grau ou ordem.
Discordo da idade e do número de eleitores. Ou melhor, fala dos votantes e não de quem deve receber votos. Concordam comigo, inquietos?
Todavia, existe discordância no ponto 33, pelo menos aparente com o ponto 88 onde diz: Depois da aceitação, o eleito que tenha já recebido a Ordenação episcopal, é imediatamente o Bispo da Igreja de Roma, verdadeiro Papa e Cabeça do Colégio Episcopal; e adquire efetivamente o poder pleno e absoluto sobre a Igreja universal, e pode exercê-lo. Se, pelo contrário, o eleito não possuir o caráter episcopal, seja imediatamente ordenado Bispo.
Se não é um bispo. Certamente possibilita que um padre, diácono. Não será uma brecha no Código de Direito Canônico, deixando vez para que um não bispo tenha possibilidade de sentar na cadeira do pescador? Concordo com tal posicionamento, mas precisa melhor interpretação. Convido-vos a pensar comigo.
Simplesmente, Ben Sirac.
Não esperava darem tanta importância ao que escrevi. Será que toquei no calo dos inquietos acomodados? Continuo dizendo: Será que já não é tempo de sair das rotineiras reuniões fechadas dos inquietos. Fico torcendo por vocês! Que o pensamento de vocês cheguem à atitudes concretas.
Eu sou Chicão.
Meu caro Chicão, saiba que minha última postagem não foi uma resposta ao seu comentário sobre os inquietos. Acho que esse assunto “deu o que tinha que dar”, e como diz SOPHIA, é hora de falar de coisas novas.
Tudo esclarecido, sigamos com nossas vidas.