A suavidade doce das palavras que, sem esforço algum, surgem delicadas a ninar os ouvidos inquietos de todos nós, levam-me a sonhar também com um exílio meu.
Ufa!! Ando mesmo precisado de uma experiência que me ajude a encontrar algumas chaves perdidas de certas partes de mim.
Qual Severino, tenho vagado certas noites por caminhos confusos na companhia de uma velha e conhecida figura que, vez por outra, insiste em voltar. De empréstimo queria eu um violão, talvez alguns acordes me fizessem dormir e sonhar sendo um ser menos confuso e mais corajoso. Acordado, de mochila nas costas, seguiria rumo às flores das cinzas do velho e bom Severino que com ele carregou um pouco de cada um de nós.
Minha cara Maria Marta, essa é para você:
Enquanto todos dormiam, Esther foi até a cozinha, abriu a geladeira e imaginou como seria o futuro se ela jogasse fora as ampolas com os medicamentos que o médico havia receitado. Talvez as reações do marido aos remédios diminuíssem. Quem sabe também o mau humor dele se dissipasse. Cansada após um dia repleto de afazeres, Esther desejou não ter fé. Praguejar. Voltar-se contra Deus. Sumir. Mas havia a casa, os filhos, o marido. A revolta durou um átimo de segundo. Resignada, fechou a porta da geladeira e voltou para o quarto, inclinou-se sobre a cama e, calmamente, beijou a face empalidecida daquele homem enfermo que tinha sido seu companheiro fiel durante anos. Amar tem seus purgatórios, pensou a esposa. Sob a fina réstia da lua que invadia o quarto do casal, Esther caiu no sono, afadigada. E em seus devaneios imaginou o marido saudável, trajando azul e com um leve sorriso no rosto, qual um príncipe dos contos de fada. Esther entendeu então que na vida a dois o elã precisa ser renovado a cada instante e que mesmo no sofrimento e na dor o amor é capaz de transformar pequenos momentos de placidez em um sonho de Cinderela.
Minha irmãzinha Maria Marta Pé no Chão, que bom encontrá-la de novo. Agradeço o comentário. É bom saber que as pessoas se interessam em discutir com seriedade aquilo que postamos no site, de uma forma serena e inteligente. E quanto a Severino, estou certo de que ele partiu feliz. Rezemos pelo seu descanso.
\"A instrução é um esforço admirável. Mas as coisas mais importantes da vida não se aprendem, encontram-se\" (Oscar Wilde)
* * *
Não se tratava de “fugir” simplesmente. O exílio foi uma tentativa de enxergar as coisas de outro modo. Por isso, Severino partiu seguro de que iria encontrar explicação para os seus mais intrincados anseios. Antes de voltar para casa, era preciso encontrar as chaves da porta que dá para dentro de si.
Sentado no alto do monte, Severino divisou a imensidão da paisagem e pensou como seria bom chegar logo ao seu destino – poder mergulhar no oceano escondido dentro de cada pessoa, calmamente aquietar-se à sombra de um marmeleiro e com a alma umedecida de esperança adormecer, sem receio de fantasmas antigos. E nesse dia, quem sabe, retornasse à terra natal, sereno e sublime, como uma visagem.
Exílio, como vocês sabem, é um lugar distante, longe daquilo que converte os pensamentos humanos em ruídos. O exílio de Severino foi um sonho que, infelizmente, não se completou. Severino foi morto no caminho antes de chegar ao pedçao de terra almejado. O que sobrou dos seus restos mortais transformou-se em lindas rosas brancas, que foram crescendo à beira da estrada. Ainda hoje há tropeiros que afirmam cruzar com uma figura solitária, perdida em seus próprios pensamentos ou sentada no topo da colina nas tardes quentes de primavera, antes do pôr do sol, com o olhar sumido no horizonte. Visitar aquele campo é sentir o cheiro dos sonhos de Severino e sentir saudade do que ainda não se viu, enquanto caminha-se entre belíssimos roseirais.
Tudo na vida tem um sentido. E um preço. Como Severino, há quem viva simplesmente para caminhar, sem saber se um dia vai alcançar o destino. De fato, razão assiste ao poeta: \"as coisas mais importantes da vida não se aprendem, encontram-se.\"
Nicodemos,
cada um faz o exílio que precisa. Severino precisva sair, ausentar-se de tudo. A inquietude dele era demais. A pressa de experimentar o diferente, o deixava ainda mais ansioso pelo exílio.
Quantos exílos pessoais ele não já teria feito? Quem sabe, quantas vezes ele passou horas e horas, e até, dias e dias, olhando para dentro de si mesmo, querendo encontrar a resposta para todas as suas dúvidas, para todas as suas inquietações, e não chegou a nenhuma conclusão.
Talvez que o exílio para ele teria sido mesmo a melhor saída.
Díficil para Severino que parte para o exílio e mais difícil ainda para tudo que ele deixou para trás.
Me vejo forçado a concordar com everaldo e com Mariana em um ponto: mural não é para atacar as pessoas. A tal de Desterro cansou de fazer isso, e com uma agravante: afirmava ser porta-voz de Deus. Até que alguém resolveu desacreditá-la em público. Sinceramente, eu acho que as pessoas estão dando cabimento demais a um assunto que já devia ter terminado. Eu não enxergo sabedoria nenhuma na tal de Desterro - me perdoe a franqueza. Ela não diz coisa com coisa, e até acho que ela continua escrevendo com outros nomes, elogiando a si mesma e fingindo-se de vítima. Eu não a conheço pessoalmente e não tenho interesse em conhecer. Mas acho que a coisa fica chata quando alguém aparece por aqui somente para mexer no caldo da discórdia. Façam como padre Paulo e outros. Mudem o tom da conversa.
Vocês não aprendem. Parecem cachorro correndo ao redor do próprio rabo. Agora é Mariana. Mais uma...
Quanto a você, Chiquinho, que belo muralista você é. Trouxe de volta à cena quem nunca deveria ter voltado. Ninguém merece tanta burrice.
OI GOSTO MUITO DE VER SAITES DE IGREJAS ACHEI ESSE SAITE LINDO MAS TB PUDE CONCLUIR QUE AS PESSOAS QUE ESSE BLOG FREQUENTAM GOSTAM DE UM \'\'MURAL DE RECADOS\'\'PARA AFRONTAR AS OUTRAS PESSOAS!ESTOU TRISTE AO VER UMA DISPUTA AQUI!
DONA DESTERRO VC É UMA PESSOA QUE PRECISA TER MUITA FÉ,E VC TEM,+ CUIDADO AS PESSOAS SENTEM INVEJA DE TAMANHA SABEDORIA!
MEU ABRAÇO A TODOS!
Chiquinho
Dona Desterro, para uma pessoa tão cristã coma você, não parece que o seu deus,
Seja o mesmo de Deus dos que andam neste mural, pois, o seu tratamento não parece de
Um cristão.
Cristão deve amor o próximo , deve der perdoa quantas vez for necessário já disse Jesus a Pedro, mas, você esta esquecendo tudo isto quer pena!!!
Olá Carlos Silva , a ditadura da censura já passou,
Agora você esta querendo ressuscitar, os cristãos...
Ou vão ficar como desterro!!!
Chiquinho.